Brasil e Gana firmaram quatro acordos de cooperação técnica, três deles na área agrícola: manejo florestal, manejo da mandioca e biocombustiveis. O quarto acordo prevê a cooperação brasileira no fortalecimento das ações de combate ao HIV, o vírus da aids, no País africano.
Ao final da cerimônia de assinatura de atos, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, repetiu o discurso do Presidente Lula em defesa dos biocombustíveis.
Segundo ele, os países ricos culpam a bionergia pela alta mundial dos alimentos como estratégia para desviar a atenção da Rodada Doha, onde vêm sendo pressionados a reduzir o apoio financeiro concedido aos seus agricultores e a abrir seus mercados para os produtos agrícolas dos países em desenvolvimento.
“Nunca ninguém se preocupou se faltavam alimentos na Etiópia naquela época em que não havia biocombustíveis. Isso é querer achar um bode expiatório para um problema originário claramente dos países ricos com seus milionários subsídios agrícolas, que têm desencorajado a produção de alimentos nos países do terceiro mundo. Na realidade é tentar desviar o foco da discussão”, disse o chanceler.
O acordo sobre biocombustíveis firmado neste sábado prevê o desenvolvimento das Bases para o Estabelecimento da Agricultura de Energia em Gana. Já há inclusive previsão de investimentos privados da brasileira Constran em uma futura usina de etanol que produziria álcool a partir da cana plantada com tecnologia da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
Além dos quatro acordos entre os governos brasileiro e ganense, foi assinado um memorando privado entre a Deebabs Energia, de Gana, e o consórcio brasileiro formado pelas empresas Cobrapar e Thermes para a construção de uma termelétrica de 300 ‘megawatts’ no país africano.
Gana vive uma grave crise energética - no final de 2006, o presidente John Kufour chegou a pedir ajuda ao Brasil para encontrar soluções de longo prazo para o problema. Da Agência Brasil
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