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segunda-feira, 17 de março de 2008

Oposição já discute abandonar a CPI da tapioca


O último teste da oposição antes de abandonar a CPI da tapioca será a votação dos requerimentos de convocação de ministros do governo Lula e de quebra de sigilo de gastos da Presidência da República. Se não conseguirem aprovar a convocação, líderes do PSDB e do DEM consideram que será melhor deixar a comissão parlamentar de inquérito, para não participar de uma “farsa”. “Estaríamos legitimando uma farsa, afirmou ontem o líder da minoria no Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR). A farsa que senador se refere é a estratégia adotada por tucanos em não convocar ou abrir sigilio de qualquer ministro tucano ou mesmo o Fernando Henrique Cardoso, ou ainda por em baila o assunto cartão corporativo do governador paulista José Serra.

O senador tucano anunciou que as bancadas do PSDB e do DEM estarão reunidas nesta semana para tomar uma atitude conjunta. “Vamos discutir na nossa bancada, se acabamos com essa CPI. Ele se referiu ao líder da minoria no Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO). A programação desta semana prevê depoimentos que interessam pouco à oposição. Amanhã, a comissão vai ouvir o ex-ministro do Planejamento Paulo Paiva, que comandou a pasta na época em que foram criados os cartões corporativos, entre 1998 e1999. Também serão ouvidos os procuradores do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU) Marinus Marsico e Jorge Pereira de Macedo. Eles participaram das primeiras auditorias feitas pelo tribunal no funcionamento dos cartões corporativos, a partir de 2004. Na quarta-feira, serão ouvidos o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage Sobrinho, e do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

A ameaça da oposição de abandonar a CPI não passa de uma estratégia para acabar com a comissão de inquérito. Os governistas defendem a manutenção do sigilo para os gastos feitos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), pela Polícia Federal e pelas Forças Armadas, além de despesas pessoais do presidente da República e de seus familiares. Os aliados do Planalto têm ampla maioria na CPI e já avisaram que vão derrubar todos os requerimentos que abrem o sigilo das contas secretas.

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