O bilionário investidor americano Warren Buffet revelou na sexta-feira que ganhou US$ 100 milhões especulando com o real no ano passado. Na carta anual aos investidores de sua firma Berkshire Hathaway, ele contou que ficou exposto a uma única moeda fora o dólar americano.
Estatísticas que o Banco de Compensações Internacionais (BIS) publica hoje sugerem que Buffet não está sozinho. Segundo o banco, os derivativos na moeda brasileira foram os que mais cresceram em valor depois dos contratos em euro no quarto trimestre de 2007. O salto foi de US$ 611 bilhões para US$ 630 bilhões no trimestre, valor só superado pelos contratos em euro (de US$ 2 trilhões para US$ 2,1 trilhões), mas acima dos contratos em dólar dos EUA (de US$ 562 bilhões para US$ 596 bilhões) e em dólar australiano (de US$ 251 bilhões para US$ 286 bilhões).
A alta de contratos cambiais com real e euro, duas moedas fortemente valorizadas, ocorreu na contramão da queda substancial dos derivativos negociados em bolsa (taxa de juros, índice da bolsa, divisas) globalmente no quarto trimestre de 2007, após atividade recorde no terceiro trimestre no meio das turbulências financeiras.
O BIS já tinha mostrado que a movimentação com derivativos em real, em geral, aumentou 34% no segundo trimestre, num ritmo sem precedentes antes das turbulências nos mercados.
Globalmente, os derivativos em divisas declinaram ligeiramente de US$ 6,2 trilhões para US$ 6 trilhões no quarto trimestre de 2007, refletindo menores posições de "carry trade"" em iene e franco suíço (pegar emprestado em moeda com juro baixo e investir em moeda oferecendo rendimento elevado e ficar com o risco cambial ).
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