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sábado, 22 de março de 2008

Marco Aurélio de Mello e o jantar com o amigo lobista


Estava eu pesquisando sobre a aquisição de 180 garrafas de champanhe Chandon comprado por Fernando Henrique Cardoso em 1998, quando me deparo com essa notícia publicada na Revista Época, da editora Globo em 29/10/2001.

A boa vida e o estilo de operar do lobista que não mede esforços para seduzir

Alexandre Paes dos Santos, o lobista mais poderoso da capital federal.Batizado com suas iniciais – APS –, seu escritório de intermediação de contratos entre empresas e o governo foi inaugurado em 1970. Também inaugurou no poder um forma de lobby que coleciona detratores. “Ele constrói chantagens, grava conversas ao telefone e faz ameaças”, reclama Anchieta Hélcias, outro veterano lobista da cidade(Brasilia)

O curso intensivo de APS no pantanoso mundo dos negócios deu-se na era Collor. Introduzido na corte pela pena do amigo e sócio, o colunista social Gilberto Amaral, aproximou-se do secretário particular do ex-presidente Collor, Luiz Carlos Chaves, e do almirante Mário César Flores, que ocupava o posto de ministro da Marinha. Bem relacionado assim, ele seguiu adiante em sua carreira de lobista. Em abril de 1992, contribuiu para fazer a Receita Federal abandonar a idéia de ter acesso aos extratos individuais dos cartões de crédito. Ele representava, na ocasião, as empresas fornecedoras de cartões. Para mantê-los sob sigilo, teria ameaçado fazer a divulgação dos gastos dos ministros da era Collor. O governo foi obrigado a ceder.

(...) Em 2001, seu escritório, além da agenda, a Polícia Federal apreendeu 23 fitas de áudio, 19 de vídeo e quatro disquetes. É uma coleção desigual, mas que dá pistas sobre como APS atuava. Um dos disquetes mostra o organograma dos órgãos do governo – e o primeiro ministério da lista é o da Saúde.

Só lembrando. Fernando Henrique Cardoso foi presidente de (1995-2002). José Serra, era o ministro da Saúde em 2001.Confira lendo aqui

Alexandre Santos espalha-se na prática de maneiras diversas. Promove, por exemplo, regalias para seus alvos. Em sua mansão de cerca de 1.500 metros quadrados de área, avaliada em R$ 2 milhões, foi anfitrião de um jantar para o ministro Marco Aurélio de Mello pouco antes de tornar-se presidente do Supremo Tribunal Federal. Foi uma noite perfeita. Não faltou nada. Consumiram-se 12 garrafas de champanhe Moët & Chandon, uma média de uma garrafa por convidado. A entrada foi uma especialidade da casa: escargot cozido no azeite de oliva, servido pessoalmente por APS. Depois, o anfitrião abriu a geladeira para o convidado e arrasou com a oferta de uma raridade gastronômica: duas generosas porções de trufas brancas, importadas da Itália. As trufas custam US$ 4 mil o quilo no restaurante Fasano. Leia aqui a matéria completa

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