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sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Pocotinho do Mantega

O pacotinho de medidas anunciadas ontem para enfrentar o rombo causado pelo fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) foi bem assimilado pelo mercado financeiro. Já o desgaste dos cortes, irá para o colo da oposição. O governo aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras em 0,38 ponto percentual, a contribuição sobre o lucro dos bancos de 9% para 15% e fez um corte de R$ 20 bilhões nas despesas, para garantir o equilíbrio fiscal.


Esses cortes vão atingir sobretudo os governos estaduais e as prefeituras controlados pelo PSDB e o DEM. O desgaste do cancelamento de novos concursos e reajustes salariais previstos para 2008, inclusive os aumentos de professores e de militares, também faz parte da conta a ser paga pela oposição. E sabe quem está chorando mais do que todos? o senador Adelmir Santana (DEM-DF). E querem saber por quê?. Adelmir, que além de senador é também é presidente da Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio-DF).

Revide

O PSDB pretende questionar no Supremo Tribunal Federal (STF) a medida provisória que garantiu recursos extras para o Bolsa Família em 2008. Alegam que a MP burla as restrições da legislação eleitoral e não cumpre os preceitos constitucionais de urgência e relevância.

Caixa

O Programa de Aceleração do Crescimento em 2008 (PAC) foi salvo por “restos a pagar” do Orçamento de 2007. O governo federal virou o ano com R$ 37 bilhões de investimentos empenhados, dos quais somente 17% haviam sido executados. Só isso garante o cronograma das obras até junho, quando começam as restrições legais das eleições municipais. Com a expansão de R$ 21,8 bilhões na arrecadação prevista para este ano, mesmo sem a CPMF, segundo estimativa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, o governo fará um caixa R$ 41,8 bilhões. Esperava arrecadar R$ 38,9 bilhões com a finada CPMF.

Avante

O programa de reaparelhamento das Forças Armadas será redimensionado em função da CPMF, mas não será interrompido. O que vai mudar é o cronograma dos investimentos, com foco na pesquisa científica e tecnológica em sinergia com a indústria nacional. Lula também decidiu manter o programa de construção do submarino nuclear da Marinha. Comprou a idéia de que é uma decisão estratégica inadiável, reforçada pela descoberta de novas reservas de petróleo no litoral do Sudeste.


R$ 408,90

Lula não quer abrir mão do aumento do salário-mínimo, que irá para R$ 408,90 este ano. Avalia que o impacto do aumento no consumo da população é fundamental para o crescimento econômico. Tem mais importância até do que o Bolsa Família para a política de inclusão social, principalmente por causa das aposentadorias.

Dilma

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, convocou os ministros que estão em férias para uma reunião em Brasília no próximo dia 22. Quer divulgar o balanço de um ano do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os ministros da Fazenda, das Cidades, da Integração Nacional e do Planejamento foram avisados que não podem faltar de jeito nenhum. A ministra está de folga.


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