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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

PFL/DEM nas asas do dinheiro público


Há muito se sabe que parlamentares gostam de viajar à custa dos contribuintes. A novidade é a dimensão disso. Somente os 513 deputados federais gastaram, no ano passado, R$ 19,6 milhões com o pagamento de viagens, não incluídos aqui os gastos convencionais de seu deslocamento semanal para os estados. Levando-se em conta os valores cobrados pela aviação comercial no Brasil, conclui-se que cada um dos deputados despendeu o suficiente para percorrer 190 mil quilômetros. Ou seja, cinco voltas em torno da Terra.

O recordista

Em 2007, o deputado Mussa Demes (DEM-PI) foi o que mais gastou dinheiro público com viagens. Ele destinou a elas toda a verba indenizatória de R$ 180 mil a que tinha direito no ano.O dinheiro permitiria viajar 900 mil km de avião — ou 23 voltas ao redor do planeta.

Demes explicou que decidiu ter um avião à disposição dele o ano inteiro e, por isso, empregou todos os R$ 180 mil em viagens. “Meu estado tem grande extensão territorial.

Ganho tempo se viajo para as cidades de avião”, justificou. Segundo ele, a aeronave — um modelo Seneca, de pequeno porte — pertence à construtora Lourival Sales Parente, e o pacote pago inclui piloto e combustível. Tudo devidamente pago pelo contribuinte

Campeão da gasolina

O campeão dos dispêndios com gasolina, o deputado Wilson Lima (Prona), e ao que parece o deputado passa todo o tempo do mandato sobre rodas. O valor gasto é de R$ 722 mil, o que segundo o estudo daria para percorrer 235 mil vezes a extensão do Plano Piloto e fazer uma média de 49 viagens desse tipo, por deputado, a cada dia útil.


O deputado Wilson Lima que também é acusado de nepotismo por ter a irmã Neuza Lima Damasceno, lotada na Diretoria de Recursos Humanos (DRH), explica que os recursos da verba indenizatória abastecem não só o carro que utiliza pessoalmente, mas os veículos dos assessores do gabinete. E afirma que não nega nem carona e nem combustível a quem precisa. “Não tenho coragem de dizer não para uma pessoa sem condições financeiras que pede a minha ajuda”, diz ele.

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