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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Cesar Maia: Pobres vão pagar IPTU ainda maior


Para Cesar Maia, Vidigal , bairro onde moram pessoas de baixa renda é área nobre
Cerca de 100 mil proprietários de imóveis no Rio começaram o ano com uma surpresa ingrata: sem avisar, apenas com uma publicação discreta no Diário Oficial do Município em novembro, o prefeito Cesar Maia aumentou o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em quase 300% para alguns casos. Os contribuintes que receberam a má notícia perderam a classificação de unidades autônomas populares de seus imóveis. Há caso de um condomínio, na Favela do Vidigal, que foi atingido pela caneta de Maia. As unidades populares, segundo o Código Tributário Municipal, têm direito a desconto de 40% no valor da propriedade, na hora de calcular o valor do imposto.

A geografia do aumento do imposto descartou como popular um condomínio de quatro blocos, cada um com 45 apartamentos, no Vidigal. O morador Milton Rodrigues não acreditou no que viu ao abrir o carnê do IPTU:

Moro na favela e o imposto foi de R$ 153 para R$ 418.

Contou que o maior impacto no valor do IPTU foi na taxa de lixo, que, de R$ 146, foi para R$ 256:Aqui, as pessoas descem para colocar o lixo nas caçambas. E quem varre a rua não são nem garis, mas funcionários de ONGs.

Aumento com favelas

Em Santa Teresa, o aumento foi proporcional ao crescimento das favelas. Na Rua Joaquim Murtinho, moradores dos edifícios 964 e 886 tiveram acréscimo de quase 300%.Temos problemas de transporte, falta de iluminação, insegurança e favelização. Como podemos aceitar o aumento? - conclui Tânia Sampaio, há sete anos do bairro.(JB)


Novas faixas já estão prontas para a passeata de domingo

Chamar a atenção dos pedestres que estarão na orla a lazer e, assim, aumentar ainda mais a adesão à campanha de boicote ao IPTU. Com este objetivo, os organizadores da passeata de domingo, marcada para as 9h, no Leblon, apresentaram ontem novas faixas que serão abertas durante a manifestação que reunirá representantes de associações de moradores das zonas Sul, Norte e Oeste do Rio. Augusto Boisson, do Leblon, quer demonstrar ao poder público municipal toda a insatisfação da sociedade organizada com a atual administração.Pretendemos mostrar que já não agüentamos mais ter um prefeito que não respeita a população e que parece viver em um mundo de Matrix, uma vez que ele governa a cidade sem sair da frente do computador - afirma Boisson.

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