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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

PFL / DEM está defendendo os interesses dos banqueiros


O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) disse em entrevista: “A oposição--PFL/DEM/PSDB-- está querendo defender o lucro líquido dos bancos. Não me parece que seja uma bandeira que levará a população a pegar em armas”. Rodrigo Maia e Paulo Bornhausen (aquele do Xô CPMF), dizem que estão "irritadíssimos" com a decalaração de Jucá e juram que o líder do governo não está falando a verdade. Como se todos nós não soubessemos que os sinistros personagens têm conquistado os holofotes da mídia por sua postura raivosa e golpista. Entre eles, destaca-se o Rodrigo Maia, presidente do PFL.

Por que o PFL/DEM de Paulo Bornhausen e Rodrigo Maia foram contra a CPMF e são a favor dos bancos?

O banqueiro Jorge Bornhausen,("Vamos nos livrar dessa raça por uns 30 anos".) dono do Banco Araucária e pai do também político que idealizou o "Xô CPMF", Paulo Bornhausen- (DEM-SC), tem um passado bastante suspeito. Oriundo de uma família oligárquica de Santa Catarina, ele sempre gozou de muito dinheiro e poder, tanto que chegou à presidência da poderosa Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Nas relações promiscuas entre o público e o privado, que caracterizam os patrimonialistas tupiniquins, o senador já foi acusado de vários atos ilícitos. Em junho de 2002, por exemplo, a revista Isto É denunciou: "Na investigação sobre remessa ilegal de dinheiro, Polícia Federal acha boleto bancário em nome de Bornhausen". A matéria descrevia em detalhes um megaesquema de corrupção no envio irregular de bilhões de dólares do Brasil ao exterior.

"Na papelada encontrada por investigadores americanos na agência do Banestado em Nova York havia um boleto bancário no valor de R$ 185 mil em nome de Jorge Konder Bornhausen". Esse montante saiu da agência do Banco Araucária em Foz do Iguaçu. Em seguida, passou por um offshore num paraíso fiscal e desembarcou nos EUA. Com 35 mil páginas, o relatório da PF revelava a movimentação de 137 contas suspeitas feita através da CC-5. Entre 1992 e 1997, pessoas e empresas utilizaram este recurso para enviar ilegalmente ao exterior R$ 124 bilhões. Deste montante, a PF identificou quase R$ 12 bilhões que provinham de dinheiro sujo, "procedente de corrupção, tráfico de drogas e de armas e outros ilícitos"

Estranhamente, FHC arquivou o dossiê da PF e ainda afastou o delegado José Castilho Neto, responsável pela investigação. "O estopim foi a divulgação do nome do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, entre os envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro". A investigação ainda incriminou vários tucanos de alta plumagem, como o próprio FHC, José Serra e o falecido Sérgio Mota. Revelou que o Banespa, sob controle do PSDB, usou este mesmo esquema de lavagem para enviar US$ 50 bilhões ao exterior em 1997. O Banestado quebrou em 1998, num escândalo que causou prejuízos de US$ 200 milhões para seus quatro mil clientes. Essa lavanderia mundial foi uma das fontes de recursos do condomínio PSDB-PFL.

Jorge Bornhausen também aparece em outros casos sinistros. Segundo o deputado Eduardo Valverde (PT-RO), ele esteve diretamente envolvido no escândalo da Pasta Rosa, que relacionou 49 parlamentares que receberam dinheiro para suas campanhas da Febraban e do Banco Econômico que nunca foi contabilizado - o famoso caixa-2. Luiz Carlos Bresser Pereira, tesoureiro da campanha de FHC em 1994, reconheceu publicamente que cerca de R$ 10 milhões destes recursos não foram contabilizados. O senador ainda é citado no caso da Feira de Hannover, "em que sua filha, sócia de uma empresa, ganhou sem licitação um contrato de quase R$ 17 milhões para a organização da feira. Jorge Bornhausen foi o principal defensor do governo FHC porque obtinha vantagens, não era por ideologia".

Em junho de 2003, os procuradores Luiz Francisco de Souza, Raquel Branquinho e Valquíria Quixadá entregaram à Receita Federal cerca de seis mil documentos sobre 52 mil pessoas que lavaram US$ 30 bilhões nos EUA a partir do Banestado de Foz do Iguaçu. O maior foco de investigações recaiu sobre "a família do sr. Jorge Bornhausen, do PFL/DEM, cujo banco familiar, o Araucária, lavou ao menos US$ 5 bilhões nesse esquema, que envolvia dinheiro de traficantes, de doleiros, mas sobretudo das sobras de campanhas eleitorais".Todos estas graves denúncias, infelizmente, não fluíram no conciliador governo Lula. Elas bem que poderiam desmascarar muitos dos que hoje pousam de políticos honestos e esbanjam arrogância.

O Procurador da República Luiz Francisco de Souza falou da participação do então presidente nacional do PFL/DEM, o senador Jorge Bornhausen (SC) no esquema. "O irmão do senador, Paulo Konder Bornhausen, era dono do Banco Araucária quando começou o esquema. Depois, passou para os irmãos Dalcanalle, que são os cunhados do deputado Paulo Bornhausen". "Ficou tudo no círculo familiar."


De acordo com investigações do próprio Banco Central, o banco Araucária montou um esquema de remessa ilegal de dinheiro para o exterior via Banco Integración (sediado no Paraguai) que movimentou cerca de US$ 5 bilhões entre 1994 e 1995. Gravações telefônicas, obtidas legalmente, analisadas pela CPMI do Banestado, apontam que existia uma “integração” muito grande entre a diretoria dos dois bancos na utilização de laranjas para efetuar o esquema de lavagem e evasão de divisas.

Controlado formalmente pela família Dalcanale – sobrinho e irmão da cunhada do senador Jorge Bornhausen, Ivete Terezinha Dalcanale Bornhausen, casada com o deputado Paulo Konder Bornhausen – o Araucária parece ter sido fundado, em 1990, única e exclusivamente para lavar e enviar dinheiro sujo para o exterior.


Preciso dizer mais alguma coisa?. Ah! Preciso sim. "O empenho pró-setor financeiro mostra que Democratas é só nome fantasia, porque a razão social continua sendo o PFL dos banqueiros." Agora vocês entenderam por que o PFL/DEM, foi contra o CPMF e está na defesa dos banqueiros?

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