O governo vai depender da boa vontade dos tribunais do país, nos Estados, para obter os cortes no orçamento do Judiciário. O Supremo Tribunal Federal (STF) - instância máxima do Judiciário - e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - órgão encarregado de julgar desvios neste Poder - não tem poderes de ingerência administrativa nos demais tribunais.
Em 17 de dezembro, logo depois da queda da CPMF no Congresso, a presidente do STF e do CNJ, ministra Ellen Gracie, recebeu o relator geral do Orçamento, deputado José Pimentel (PT-CE), e o presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador José Maranhão (PMDB-PB), com quem se comprometeu a entregar um estudo sobre cortes ao Congresso até o fim deste mês. Sem ter sido ainda comunicado sobre os novos cortes, o Supremo se concentra nesse compromisso anterior. Na época, os parlamentares também foram a outros tribunais, para pedir corte nos gastos.
O Judiciário havia previsto R$ 22,9 bilhões no Orçamento de 2008. O maior gasto é o de pessoal: R$ 19 bilhões. Há R$ 3,4 bilhões para custeio (como material de consumo diário) e R$ 296 milhões para construção e aquisições de imóveis. Na divisão por esferas da Justiça, a Trabalhista é a mais cara: R$ 10 bilhões para 2008. Para a Justiça Federal estão previstos R$ 6 bilhões. Para a Justiça Eleitoral, R$ 3,9 bilhões. O STF previu R$ 509 milhões em gastos para si e para o CNJ. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) teve orçamento previsto de R$ 784 milhões.
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