Os investimentos do governo federal alcançaram R$ 19,17 bilhões em 2007, maior valor registrado desde 2001, mesmo se considerada a inflação do período. Em relação a 2006, a alta foi de 19,6%. Ainda preliminar, a cifra foi anunciada ontem pela Associação Contas Abertas, entidade não governamental, e refere-se ao que foi efetivamente desembolsado com gastos dessa natureza, no âmbito do orçamento fiscal e da seguridade social (exclui empresas estatais), incluindo restos a pagar de anos anteriores. Sob o ponto de vista dos empenhos, que refletem com razoável aproximação os investimentos contratados em 2007, o montante foi bem mais alto: R$ 34,04 bilhões, um recorde, superando nominalmente em 77% o de 2006, por coincidência, também de R$ 19,17 bilhões.
Somados aos empenhos pendentes de anos anteriores, isso significa que o governo começa 2008 com mais de R$ 30 bilhões já autorizados para pagamento de investimentos. Então, mesmo que a aprovação do orçamento de 2008 pelo Congresso atrase a ponto de comprometer totalmente novos empenhos de investimento, o governo poderá investir este ano volume até maior do que o de 2007, sob o ponto de vista dos desembolsos.
A aprovação do orçamento de 2008, que deveria ter ocorrido até o final de 2007, está atrasada por causa do fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Como a falta do tributo exige um ajuste de quase R$ 40 bilhões no projeto, a entrega do relatório geral ficou para fevereiro. Paralelamente, por causa das eleições municipais este ano, a legislação restringe a execução de investimentos no segundo semestre. Nesse contexto, o governo parece ter agido preventivamente para fazer o máximo possível de empenhos em 2007 e, assim, depender o mínimo possível da aprovação do novo orçamento.
Sozinho, o Ministério dos Transportes respondeu por mais de um quarto dos investimentos pagos, desembolsando R$ 5,55 bilhões. O Ministério da Defesa aparece em segundo lugar, com R$ 2,29 bilhões. Em seguida, vêm os ministérios das Cidades (R$ 1,6 bilhão), da Educação (R$ 1,43 bilhão) , da Saúde (R$ 1,39 bilhão) e da Integração Nacional (R$ 1,2 bilhão).
O Ministério dos Transportes lidera também a lista dos que mais investiram do ponto de vista dos empenhos: R$ 9,04 bilhões. O das Cidades vêm depois, com R$ 5,4 bilhões. A lista reflete a prioridade dada à infra-estrutura.
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