A Polícia Federal prendeu ontem 17 pessoas acusadas de desviar R$ 625 milhões na Bahia. Foram detidos empresários, o presidente do Tribunal de Contas e o procurador geral do estado. A ação da PF, batizada de Jaleco Branco, foi uma continuidade das investigações iniciadas no ano passado.
As investigações detectaram que o grupo usava empresas fantasmas que eram cuidadas por laranjas. Os empresários teriam atuado também em Pernambuco e Sergipe, para onde a apuração será direcionada.
Hoje, cerca de cem pessoas estão sob investigação, a maioria funcionários públicos estaduais, federais e municipais que ajudaram os acusados fornecendo certidões negativas de débitos. As fraudes estavam sendo aplicadas principalmente na Secretaria de Saúde do estado, na Universidade Federal da Bahia, na Procuradoria do Estado e na prefeitura de Salvador.
Nas 40 buscas e apreensões, foram encontrados 18 carros de luxo e dinheiro. “Eles agiam como um consórcio”, afirma um investigador. Clemilton Rezende, Marcelo Guimarães — ex-presidente do Esporte Clube Bahia e ex-deputado estadual — e Jairo Costa eram os mais atuantes. Rezende já havia aparecido durante a Operação Navalha, o que fez com que a ministra do STJ Eliana Calmon desmembrasse o inquérito. As prisões de ontem também foram determinadas pela magistrada.
O nome do ex-deputado estadual Antônio Honorato de Castro Neto, atual presidente do TCE da Bahia, aparece em supostas intervenções em favor dos empresários. Em troca, ele teria recebido ajuda financeira para a campanha eleitoral do filho, Adolfo Viana, a deputado estadual, que acabou não se elegendo.
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