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quinta-feira, 22 de novembro de 2007

"Há mais provas sobre o mensalão mineiro" diz o deputado federal Osmar Serraglio


O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, ao oferecer nesta quinta-feira (22) denúncia junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-governador de Minas Gerais e atual senador Eduardo Azeredo, no caso que ficou conhecido como mensalão do PSDB mineiro, soltou uma bomba no ninho tucano e ainda ofuscou o 3º Congresso e 9ª Convenção Nacional do PSDB, em Brasília.

Os tucanos tinham elaborado cuidadosamente a pauta de discursos para o congresso, o tema era meter o pau em Lula sem dó nem piedade, no entanto, ao invés de falar dos projetos do partido, os tucanos tiveram que responder perguntas sobre a denúncia contra o senador tucano e ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, por envolvimento no chamado mensalão tucano.--desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro-- E essa não foi a única má notícia a contaminar o Congresso Nacional do PSDB, no qual o partido apresentará o seu novo programa político. Hoje, os tucanos também souberam que o TSE cassou integralmente o tempo de Tv do partido. o PSDB pretendia usar nesta quinta-feira seus dez minutos de propaganda partidária gratuita no rádio e na TV.

Os tucanos se esforçaram nesta quinta-feira para tentar descolar a expressão "mensalão" da denúncia apresentada pelo Ministério Público à Justiça sobre esquema de arrecadação ilegal de recursos para campanha eleitoral do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), em 1998.

Mesmo reconhecendo a gravidade da acusação, os caciques do partido defenderam Azeredo..

O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), futuro presidente do PSDB, foi um dos que tentou explicar a diferença entre os dois casos - que teve como operador a mesma pessoa: o publicitário Marcos Valério. "Não há mensalão. Mensalão é uma prática Na qual se comprava parlamentares no governo Lula. Não tem nada disso lá em Minas Gerais", disse.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso adotou a mesma estratégia. "Mensalão é outra coisa. Mensalão houve no tempo do presidente Lula. No caso do Azeredo não tem nada disso."Não houve mensalão"

Geraldo Alckmin, disse que o partido vai aguardar o teor da denúncia do procurador. "Não temos a menor dúvida que o senador não teve benefícios de natureza pessoal", disse Alckmin.

Para Serraglio, Há provas do mensalão mineiro

Odeputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), que foi relator das CPI dos Correios, que investigou o caso do mensalão, afirmou nessa quinta-feira (22) que “ainda há muito” por aparecer sobre o esquema. Segundo o parlamentar, existem mais de 900 caixas com documentos sobre o mensalão. Serraglio, disse ainda que os documentos que estão no Congresso Nacional guardam muitas provas.

“Os documentos são as provas mais fortes que se pode apresentar”, disse o deputado, acrescentando que os documentos também reúnem evidências da existência do mensalão do PSDB mineiro.

“Há com certeza (mensalão mineiro). Todo o histórico (no governo federal) se repetiu mais ampliado, porque daí se envolveram todos esses parlamentares e o governo”. Mas, “embrionariamente, é o mesmo desenho, o mesmo figurino, que você vai identificar em Minas Gerais”, disse Serraglio.

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