Os empresários estão correndo (felizes) para atender à sede de consumo dos brasileiros. Nem no melhor de seus sonhos o varejo esperava ver lojas e shoppings cheios como se vêem em grande parte do país. O movimento puxa a cadeia produtiva: o varejo aumentou as encomendas para a indústria, que acelerou as linhas de fabricação. O melhor é que a força consumista convence até os mais céticos, levando os empresários a investir em ampliações e melhor, contratações.
Há otimismo e confiança espalhados pelas sedes das grandes corporações. O Índice de Confiança da Indústria (ICI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu 0,7% entre setembro e outubro de 2007, passando de 122,6 para 123,4 pontos, e atingindo novo recorde da série histórica iniciada em abril de 1995. E eles acreditam que a economia vai melhorar porque os consumidores sentem-se seguros para ir às compras.
Não é por acaso que as lojas estão cheias e há filas nos guichês de crédito. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), também da FGV, aumentou 3,5% em outubro em relação a setembro e, a exemplo do ICI, chegou a seu maior nível desde o início da pesquisa, em 2005, passando de 109,0 para 112,8 pontos. O aumento da confiança foi motivado principalmente pela melhora das expectativas em relação aos próximos meses (avanço de 4,3% sobre setembro).
Felicidade garantida
Os consumidores estão muito confiantes. Apenas 5,7% prevêem piora na economia local nos próximos seis meses. Ou seja, 94,3% acreditam em melhora (29,6%) ou manutenção do quadro. E, por manutenção, entendem que não vão perder o emprego. Os dados sobre a abertura de vagas formais confirmam a percepção dos trabalhadores. De janeiro a outubro 1,812 milhão de carteiras foram assinadas no país e caminhamos para bater o recorde anual de 2004.
O ministro Carlos Lupi, do Trabalho, não se agüenta de felicidade de tanta notícia boa que divulga. Literalmente. Em setembro e outubro antecipou à imprensa, antes de ter os números finais, que viria mais um recorde. “Tudo indica que vamos ter o maior Natal da história”, apostou. Varejo e indústria não vão apostar contra. Até quem, por obrigação de ofício, deve ser crítico, está sorrindo de orelha a orelha com o desempenho.
Para muitos, como se vê, a felicidade do Natal já chegou.
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