A Revista Veja, incansável e apavorada com a CPI da TVA, lançou uma nova denúncia contra Renan Calheiros. Uma recombolesca estória de "espionagem" de um seu assessor.
Curioso o caso Veja X Renan, porque parece uma empresa de demolição que quer demolir um prédio e a quantidade de explosivo que tem que colocar, vai acabar demolindo o quarteirão inteiro. É isso o que está acontecendo no Senado.
Pela matéria na revista, a espionagem não aconteceu, mas nem precisa, pois a própria revista se encarrega de revelar aquilo que seria o objetivo da "espionagem":
Graças a revista descobrimos que Pedrinho Abrão é amigo de Demóstenes.
Pedrinho Abrão era deputado do PTB de Goiás, em 1998, e sofreu processo de cassação acusado de cobrar propina para incluir verba no Orçamento da União, para construção de uma barragem no Ceará. Não foi cassado pelo mesmo motivo que Renan: falta de provas.
No entanto, parece gozar da total confiança de Demóstenes e Perillo para chamá-lo de amigo, e ao que parece, confidente, já que compartilha conversas que teve com terceiros.
Também ficamos sabendo que Pedrinho Abrão é dono de hangar no aeroporto de Goiânia, e da empresa Voar Aviação, de táxi aéreo.
O objetivo da "espionagem" seria flagar com câmeras de vídeo Demóstenes e Perillo, usufruindo de jatinhos para suas viagens, no hangar de Pedrinho Abrão. Pois a matéria da revista e a própria reação dos senadores praticamente confirma o que só as câmaras deveriam mostrar na suposta "espionagem".
Agora, uma coisa não dá para entender: por que senadores que singram os céus em jatinhos de empresários, não merecem a atenção da Veja, como tendo suas contas de viagens pagas por lobistas?
Há pouco tempo ficamos sabendo que o Senador dos demos, Heráclito Fortes, tinha suas viagens de jatinho ao Piauí bancadas pelo grupo Opportunity de Daniel Dantas. Se isso não é ter contas pagas por lobistas, o quê seria?
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