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domingo, 9 de setembro de 2007

O Nordeste atacado de novo nas páginas do Estadão

O Jornal Estadão publica hoje artigo prá lá de tendencioso, distorcido e preconceituoso contra as políticas do governo Lula para o Nordeste, que finalmente atendem anseios históricos da população.

É escrito por um certo Marco Antonio Villa (apresentado como historiador, professor da UFSCar e autor, entre outros livros, de Vida e Morte no Sertão - História das Secas no Nordeste nos Séculos 19 e 20 (Ática, uma editora didática do grupo Abril, que por sinal está à venda porque não consegue mais os negócios da China que fazia com Ministério da Educação desde a saída do governo Demo-tucano).

O historiador, na falta de ter o que fazer e com preguiça de pesquisar com consistência, começa criticando o Ministro da Integração Regional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), chamando-o de preguiçoso com base em sua agenda que publica apenas seus compromissos públicos externos, sem publicar os expedientes internos de rotina (conclusão minha, apenas por ser óbvio).

Geddel é baiano, e dá para perceber nas entrelinhas do artigo, uma ponta de preconceito no historiador, querendo remeter à lenda de que baiano não trabalha (ainda que escreva isso de forma sutil).

Mas Geddel Vieira Lima está no governo por indicação do PMDB devido à coalisão necessária a governabilidade. Por isso, Geddel tem seus próprios eleitores e correligionários para o defender e responder ao historiador.

O nosso assunto é que o historiador mostra um Nordeste do Século passado. Ele se presta ao ridículo de escrever que o governo Lula não esta fazendo uma boa política para a Região.

Isso, na sua visão, a partir de seu gabinete na UFSCar - Universidade Federal de São Carlos, no interior de São Paulo.

O historiador que parou no século passado, critica o governo pela seca que assola o Nordeste. No caso do Nordeste muitas cidades declararam estado de emergência.

Ele, desatualizado, diz errôneamente que "a burocracia para que o governo reconheça o estado de emergência é complexa e a vigência é de apenas 90 dias. Muitos prefeitos têm enorme dificuldade para renovar o pedido".

O artigo foi publicado hoje, dia 9, no Estadão. Se o historiador deixasse a sua preguiça de lado e estendesse seus estudos ao século XXI, veria que o governo federal tem atendido, com ações emergenciais, 5 dias antes da publicação do artigo.

Dia 04/09 foram liberadas a distribuição de 230 toneladas de alimentos para as vítimas da seca no Piauí.

Dia 05/09 foram liberadas 230 toneladas de alimentos para as vítimas da seca no Ceará.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), disponibilizou 20 mil cestas de alimentos para socorrer as famílias atingidas pela estiagem no Ceará e no Piauí, atendendo solicitação da Secretaria Nacional de Defesa Civil.

A operação de distribuição dos donativos começou no último hoje dia 6 e prosseguiu durante o feriado de 7 de setembro.

A certa altura do artigo, o historiador se trai e reconhece a importância do Bolsa-família e da aposentadoria rural que torna-se a tábua de salvação para a sobrevivência destas vítimas da seca, já que as únicas atividades produtivas, a agricultura e a pecuária resistem com dificuldade, quando não sofrem perda total em alguns casos.

Ou seja, os impactos da seca já são muito menores depois do governo Lula e do Bolsa-família. A seca, quando vem, já não é tão desastrosa e letal como era antes para os mais pobres, graças ao bolsa-família e outras ações.

Mas a maior "pérola" do historiador é sua crítica ao programa de cisternas. Ele diz que o governo não se interessou em apoiar o projeto de 1 milhão de cisternas, organizado pelas ONGs que atuam na região.
Como não? Ele deve estar caducando.
Deve ter procurado no Ministério da Integração Regional e não achou nada sobre o assunto.
É claro que não achou, porque esse é um dos principais projetos do Ministério do Desenvolvimento Social.
O Programa Cisternas, é parte fundamental da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, desde o marco zero do governo Lula, desde o lançamento do Fome Zero.

A história está passando debaixo do nariz do historiador e ele não vê.

E o historiador continua a dizer bobagens quando afirma que "Lula divulgou em 2005, como se fosse uma grande vitória, que o governo tinha feito uma parceria com a Febraban para construir 25 mil cisternas".

De novo, se ele fosse menos preguiçoso e consultasse o "site" do Ministério do Desenvolvimento Social, veria que Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe são os estados atendidos pelo programa, no qual o MDS investiu, entre 2003 e 2006, cerca de R$ 270 milhões, beneficiando aproximadamente 750 mil pessoas com a construção de mais de 157 mil cisternas. A previsão para o ano de 2007 é alcançar a marca de 1 milhão de pessoas beneficiadas e 200 mil cisternas construídas.

Ou seja, de 1 milhão de cisternas desejadas, já está sendo atingido a marca de 200 mil, e isso considerando as dificuldades iniciais que enfrenta qualquer programa novo, principalmente com a extensão deste. o com a pretensão de atingir populações de lugares abandonados até então.

Esse historiador deve ter colhido os dados para esse artigo na época do governo demo-tucano. Talvez esse artigo estivesse guardado na gaveta há mais de 5 anos, e o historiador, preguiçoso, resolveu apenas dar uma repaginada e tentar encaixar o governo Lula nele, no melhor estilo de "testar hipóteses" do método Ali Kamel de jornalismo.

O jornalista Paulo Henrique Amorim diz que o Estadão é um jornal do Século 19, guardião da mentalidade e tradições do Brasil pré abolicionista.

Sendo assim, para o Estadão, um historiador que consegue enxergar até o século passado (XX) já deve ser o supra-sumo da modernidade para o Estadão e seus leitores da elite paulista.

Será que os livros deste historiador, estão na relação de livros didáticos do MEC? É bom o MEC rever se seu conteúdo é tão ruim como o artigo para o Estadão. Para o bem dos conhecimentos de história de nossos alunos.

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