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terça-feira, 7 de agosto de 2007

De boas notícias eu canso!: Venda de carros bate recorde

Setor automobilístico vive seu melhor momento em 50 anos. Montadoras negociaram em julho 217,4 mil veículos, 31,1% mais do que no mesmo mês de 2006. Produção atinge 268,2 mil unidades

Embora esteja negociando com o governo novas medidas de apoio ao setor, a indústria automobilística atingiu em julho o melhor resultado desde que se instalou no Brasil, há 50 anos. No mês passado, a venda de veículos alcançou a marca de 217,4 mil unidades, 9,4% maior que junho e recorde histórico. Frente a julho de 2006 o avanço foi ainda maior, de 31,1%. A produção também cresceu em julho, quando as fábricas despejaram 268,2 mil novos veículos no mercado, alta de 8,6% sobre junho e de 20,3% em relação ao ano passado.

“O comportamento do consumidor tem feito toda a diferença. Quando ele tem confiança e pode olhar a longo prazo, se sente mais seguro para fazer um financiamento. E aí a nossa economia se movimenta de forma virtuosa”, avaliou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, para quem a queda dos juros e o maior volume de crédito explicam o bom desempenho do setor. No acumulado dos sete primeiros meses do ano a venda de veículos foi 26,6% maior que do mesmo período de 2006, com 1,3 milhão de unidades.

O presidente da Anfavea lembrou que nos últimos 12 meses houve uma redução de 5,2 pontos percentuais na taxa de juros para o financiamento de automóveis, hoje em 19,4% ao ano. Ao mesmo tempo, os empréstimos ficam cada vez mais longos. Segundo Jackson Schneider, em junho 49% das operações de financiamento para carros novos tinham prazos acima de 36 meses, mais freqüente que em junho de 2006, quando esse prazo respondia por 34% dos empréstimos.

Certamente o impacto das maiores facilidades é relevante, uma vez que praticamente nove de cada 10 carros comprados no país são financiados. E apesar desse impulso aos empréstimos, a inadimplência — considerada para pagamentos com atrasos superiores a 90 dias — mantém-se baixa, em 3,2% dos casos. Para completar o quadro favorável, o dinheiro para financiamento de automóveis cresceu 24,3% — de R$ 57,1 bilhões há um ano, para R$ 71 bilhões.

Mas se as fábricas calculam produzir 10% mais automóveis, a própria Anfavea reconhece que há muito terreno para crescimentos maiores. Nas contas da entidade, as montadoras instaladas no país têm capacidade instalada para fabricar 3,5 milhões de veículos além do patamar atual.

“Estamos fazendo um estudo que mostra que se nos países ricos a proporção é de 1,5 veículo por habitante, no nosso país esse número fica em 8,8 veículos por habitante. Podemos não atingir todo esse potencial que existe na Europa e na América do Norte, mas certamente temos como chegar mais perto disso”, disse Jackson Schneider. Segundo ele, Nos países do Mercosul, a proporção é de 7,5 veículos por habitante e na China, 35.

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