Enquanto Gim Argello (PTB-DF), que afirmou por meio de nota que tomará posse no próximo dia 10 do corrente, e que seu passado não contém nada que o desabone, uma bateria de mísseis o terá como alvo assim que iniciar o discurso de posse. De um lado, o ex-senador Joaquim Roriz partirá para cima de seu novo desafeto com a faca nos dentes. O plano de Roriz era após dupla renúncia retornar com o aval das urnas numa forçada eleição. A estratégia foi frustrada com o anúncio de que o petebista irá tomar posse. No entanto, de outra parte, o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), estará abastecido com municão pesada oriunda do Ministério Público do Distrito Federal. Há fortes indícios de que Gim teria participado da partilha dos mais de R$ 2 milhões que foram parar na mão de Roriz. Segundo informações de bastidores, ao menos R$ 500 mil.
O ilustríssimo petebista responde a processo por crime financeiro, entre outros. Notícias dando conta de que foram depositados R$ 1 milhão em espécie em uma conta dele, entre 1999 e 2001. As garras afiadas da Receita Federal desferiram o contra-golpe e hoje contando com o imposto devido, multa e correção do período, coincidentemente o total que Gim deverá pagar se aproxima de R$ 1 milhão. Traduzindo, o futuro senador Gim pouco esquentará o assento azul de uma das cadeiras do plenário do Senado.
Há controvérsias ainda em relação se os crimes praticados antes de tomar posse poderão servir de combústível para levar Gim ao Conselho de Ética. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) prevê que não deverá ser aberto um processo no Conselho, por conta de os crimes terem sido praticados antes dele se tornar Senador. Demóstenes Torres considerou ser mais um parlamentar a responder processos a sentar-se em uma das confortáveis cadeiras azuis do plenário. Mas há quem defenda interpretação de que Gim pode tomar posse e não responder a processo por quebra de decoro parlamentar. A impunidade que proporciona o foro privilegiado é um forte argumento para Gim Argello se transformar de suplente em senador. A não ser que logo após tomar posse, peça para alguém ler uma carta de despedida nem um pouco comovente, muito menos convincente.
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