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sábado, 3 de março de 2007

Chinaglia coloca reajuste em pauta

Pressionado por integrantes da Mesa Diretora em reunião ontem - a primeira entre os dirigentes da Casa depois da eleição - o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), prometeu reunir os líderes partidários até a próxima semana para fechar questão em torno do reajuste dos salários dos parlamentares. A decisão de Chinaglia de colocar logo o aumento salarial dos deputados na pauta de discussões, segundo participantes do encontro, foi tomada depois que os membros da Mesa, liderados pelo segundo vice-presidente, o deputado federal Inocêncio Oliveira (PR-PE), ameaçaram aprovar o reajuste de 28% na verba indenizatória, um dos itens que compõem a remuneração dos deputados hoje fixada em R$ 15 mil.

Como foi criada por ato da Mesa Diretora, para que a verba seja reajustada basta a aprovação dos dirigentes da Casa , sem necessidade de submeter o tema ao plenário. Percebendo, na reunião, que seria voto vencido - apenas ele e o primeiro secretário, Osmar Serraglio (PMDB-PR) se manifestaram contra - Chinaglia se comprometeu a dar celeridade às discussões sobre o aumento dos salários dos deputados. Em troca, os integrantes da Mesa se dispuseram a abortar o debate sobre o aumento de 28% na verba indenizatória. "Vamos votar neste mês de março a questão do reajuste dos salários. É uma questão que tem que ser resolvida logo até porque os deputados estão sem aumento há cinco anos", confirmou ontem o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), integrante do círculo íntimo de Arlindo Chinaglia.

A versão oficial do encontro era de que a Mesa Diretora teria adiado a discussão sobre o reajuste nos vencimentos dos parlamentares. Na reunião com os líderes, provavelmente na próxima semana, Chinaglia espera chegar a um consenso em torno da proposta de reajuste, o que não deve ser difícil. Hoje, a ampla maioria defende a correção pela inflação, que elevaria o salário de R$ 12,8 mil para R$ 16,5 mil. O aumento dos salários dos deputados - congelados desde 2002 - foi uma promessa de campanha de Chinaglia na eleição para a presidência da Câmara. Mas o petista temia que o ressurgimento do assunto trouxesse desgastes para a imagem da Câmara num momento em que a Casa retoma ritmo de votações. Durante a reunião, os membros da Mesa receberam a missão de analisar um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), encomendado pelo ex-presidente da Casa, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), que indica caminhos para o reajuste salarial.

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