O vereador José Adelino Ribeiro (PFL) recebe R$ 3,8 mil mensais pela vaga que ocupa na Câmara Municipal de Santo Antônio do Descoberto (GO) e outros R$ 1,2 mil de aposentadoria. Tem um automóvel Fiat Pálio e duas casas. Mesmo assim, a mulher e os três filhos menores do vereador estão há três meses na lista de beneficiários do Bolsa Família, o principal programa social do governo, destinado ao auxílio de pessoas em situação de carência extrema.
Conforme os registros do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), pasta responsável pelo Bolsa Família, Ivonete Queiroz de Oliveira, mulher do vereador, começou a receber o primeiro benefício, o Bolsa Escola, em dezembro de 2001. No mês seguinte, passou também a receber o auxílio gás, e a partir de novembro de 2003 ganhou direito a uma parcela mensal de R$ 95 do atual Bolsa Família, programa que incorporou os demais benefícios. A renda familiar declarada por Ivonete ao se cadastrar foi de R$ 200 mensais, o equivalente a um valor de R$ 50 per capita, considerando-se ela e os três dependentes.
Quando Ivonete se inscreveu para o benefício, Ribeiro trabalhava na Secretaria de Saúde do município, recebendo R$ 800 mensais. Documentos arquivados no Cartório Eleitoral de Santo Antônio do Descoberto mostram que em 2004, quando registrou a candidatura para vereador, Ribeiro declarou possuir uma borracharia, avaliada em R$ 2 mil, um Fiat Uno no valor de R$ 5 mil e um imóvel financiado pelo qual pagou um ágio de R$ 5 mil. Ele não declarou a casa que estava no nome de sua mulher.
O sistema financeiro do Bolsa Família registra saques mensais do benefício em nome de Ivonete entre novembro de 2003 e março de 2005. Depois, até fevereiro de 2006, não aparecem saques, apesar de o benefício estar liberado. As retiradas recomeçam em março do ano passado e continuam até outubro. O cancelamento do auxílio ocorreu no dia 14 de novembro, em função da exclusão da família do cadastro único do benefício, e por isso a parcela daquele mês já não pôde ser sacada.
Sem explicações
Há possibilidade de fraude com a conivência de algum funcionário da prefeitura, onde Ivonete conta ter entregue o cartão, ou da Caixa Econômica Federal (CEF), que paga o benefício. A gestora do Bolsa Família em Santo Antônio do Descoberto é Maria Aparecida Santos Machado, secretária do Serviço Social e mulher do prefeito, Moacir Machado (PSDB), a quem Ribeiro diz apoiar na Câmara dos Vereadores por conta de uma antiga amizade. Procurada na manhã da última sexta-feira, Maria Aparecida mandou dizer por uma funcionária que não falaria e que as explicações seriam dadas por Angelina Oliveira Marques, coordenadora-técnica do programa no município. “Não vou dar informação nenhuma”, disse Angelina do PSDB.
Conforme os registros do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), pasta responsável pelo Bolsa Família, Ivonete Queiroz de Oliveira, mulher do vereador, começou a receber o primeiro benefício, o Bolsa Escola, em dezembro de 2001. No mês seguinte, passou também a receber o auxílio gás, e a partir de novembro de 2003 ganhou direito a uma parcela mensal de R$ 95 do atual Bolsa Família, programa que incorporou os demais benefícios. A renda familiar declarada por Ivonete ao se cadastrar foi de R$ 200 mensais, o equivalente a um valor de R$ 50 per capita, considerando-se ela e os três dependentes.
Quando Ivonete se inscreveu para o benefício, Ribeiro trabalhava na Secretaria de Saúde do município, recebendo R$ 800 mensais. Documentos arquivados no Cartório Eleitoral de Santo Antônio do Descoberto mostram que em 2004, quando registrou a candidatura para vereador, Ribeiro declarou possuir uma borracharia, avaliada em R$ 2 mil, um Fiat Uno no valor de R$ 5 mil e um imóvel financiado pelo qual pagou um ágio de R$ 5 mil. Ele não declarou a casa que estava no nome de sua mulher.
O sistema financeiro do Bolsa Família registra saques mensais do benefício em nome de Ivonete entre novembro de 2003 e março de 2005. Depois, até fevereiro de 2006, não aparecem saques, apesar de o benefício estar liberado. As retiradas recomeçam em março do ano passado e continuam até outubro. O cancelamento do auxílio ocorreu no dia 14 de novembro, em função da exclusão da família do cadastro único do benefício, e por isso a parcela daquele mês já não pôde ser sacada.
Sem explicações
Há possibilidade de fraude com a conivência de algum funcionário da prefeitura, onde Ivonete conta ter entregue o cartão, ou da Caixa Econômica Federal (CEF), que paga o benefício. A gestora do Bolsa Família em Santo Antônio do Descoberto é Maria Aparecida Santos Machado, secretária do Serviço Social e mulher do prefeito, Moacir Machado (PSDB), a quem Ribeiro diz apoiar na Câmara dos Vereadores por conta de uma antiga amizade. Procurada na manhã da última sexta-feira, Maria Aparecida mandou dizer por uma funcionária que não falaria e que as explicações seriam dadas por Angelina Oliveira Marques, coordenadora-técnica do programa no município. “Não vou dar informação nenhuma”, disse Angelina do PSDB.
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