A economia brasileira cresceu nos últimos dois anos sem elevar a utilização da capacidade instalada. Segundo analistas, o aumento dos investimentos e o ritmo moderado de expansão da atividade econômica explicam o fenômeno, um sinal favorável sobre as possibilidades de crescimento com inflação sob controle. Em outubro, a utilização da capacidade na indústria de transformação ficou em 84,2%, abaixo dos 84,9% registrados há dois anos, ainda que a produção tenha crescido 6,2% desde então, até setembro.
Os números indicam que a economia pode acelerar dos cerca de 3% deste ano para a casa de 4% em 2007 sem esbarrar em gargalos produtivos. Há dúvidas, no entanto, quanto à capacidade de o país avançar a 5%, como deseja o governo, sem pressões inflacionárias. O economista Caio Prates, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aponta três motivos para a estabilidade na utilização de capacidade instalada: o desempenho positivo do investimento de 2004 para cá, a expansão do PIB mais lenta do que se imaginava e a continuidade do processo de redução de estoques.
Ele estima que, de janeiro a setembro, a formação bruta de capital fixo - que mede o investimento na construção civil e em máquinas e equipamentos - aumentou 6,5% em relação ao mesmo período do ano passado. "O investimento tem mostrado um comportamento bastante razoável", resume Prates, calculando que o PIB, nesse mesmo intervalo, avançou 2,6%, uma expansão inferior à projetada no início do ano.
Helena
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