E o assunto da carona no avião Presidencial dada pelo Presidente Lula ao líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), no sábado - na viagem de Três Lagoas (MS), onde participaram do velório do senador Ramez Tebet (PMDB-MS), a Brasília, vem dando pano para a manga e agora políticos contam que causou mal-estar na oposição. A atitude do líder foi criticada por tucanos e pefelistas. A disposição manifestada por Lula de chamar os partidos de oposição para discutir uma agenda de medidas que possibilitem o crescimento do país também foi recebida com restrição. Há quem veja no gesto do presidente um jogo para dividir a oposição.
Virgílio: "Continuo sendo o homem que sou, não perdi um pedaço meu nem tirei pedaço de ninguém, mas fiquei feliz em restabelecer relações pessoais com o presidente" Hummm! o que será que o Arthur Virgilio está querendo realmente hein? "Agenda para o país a gente discute pontualmente, aqui no Congresso. Para que chamar a oposição ao Planalto? Para tirar uma foto e faturar, assim como faturou a foto da viagem no avião presidencial?", perguntou o líder do PFL, José Agripino (RN)ao Arthur Virgilio.José Agripino criticou a carona presidencial: "Se eu tivesse uma alternativa, não iria (no avião do presidente), porque política se faz com simbolismos e com atos que não precisam ser explicados".
Sem disfarçar certo constrangimento, o tucano Álvaro Dias (PR) conversou com Virgílio. Sugeriu que o partido se reúna para "afinar o discurso e montar uma estratégia" diante do novo mandato de Lula, para evitar contradições. "Às vezes, um gesto que é normal num processo democrático, soa como adesismo", afirmou. Dias afirma que ele, por exemplo, não viajaria no avião presidencial. "Essa cooptação do governo é inteligente. Não é inteligente da oposição aceitar a cooptação", afirmou.
Virgílio disse que estava sendo "patrulhado" depois da carona no avião. Recebeu críticas até por e-mail. "Não vou deixar de cumprir meu papel de oposicionista duro... Continuo sendo o homem que sou, não perdi um pedaço meu nem tirei pedaço de ninguém, mas fiquei feliz em restabelecer relações pessoais com o presidente", afirmou. Virgílio conversou com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pela manhã sobre a idéia de Lula de criar um conselho de ex-presidentes da República para discutir propostas que ajudem a alavancar o crescimento do país. Segundo o líder, FHC já ouviu de Lula essa idéia antes, quando viajaram a Roma para os funerais do Papa João Paulo II. Mas a conversa não teve continuidade. "Eu disse a ele que, agora, acho que Lula realmente fará isso. Ele (FHC) vai aguardar", afirmou Virgílio.
Virgílio lembrou que os governadores tucanos administram 51% do PIB. Mas rejeitou a possibilidade de participação no governo. "Governo de coalizão, nem pensar", afirmou. Virgílio pretende reunir a bancada do Senado e sugerir ao presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), que reúna a Comissão Executiva Nacional do partido para discutir a proposta de Lula.
Helena
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