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terça-feira, 17 de outubro de 2006

Márcio Thomaz Bastos diz que há clima de 'República do Galeão'


Irritado com a intenção da oposição de intervir nas investigações sobre o dossiê Vedoin, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse ontem que os oposicionistas querem "privatizar" a apuração que vem sendo feita pela Polícia Federal (PF). Bastos assegurou que as investigações estão transcorrendo sem interferência do governo e lembrou que quem descobriu o caso e o revelou à sociedade foi a PF.Marcelo Déda, governador eleito de Sergipe, com Marco Aurélio Garcia e Jaques Wagner, eleito pela Bahia: "A oposição não pode mirar o presidente Lula e acertar a democracia"

"Quem descobriu a tramóia que alguns petistas estavam fazendo foi a polícia. Criar comissão (com representantes da OAB e do Congresso) para monitorar o trabalho da Polícia Federal é antiinstitucional, é querer destruir a República", disse o ministro . "Estão querendo reeditar, 52 anos depois, a República do Galeão".

A referência do ministro é ao episódio, ocorrido 12 dias antes do suicídio do presidente Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954, que ficou conhecido como "República do Galeão". Interessada em fragilizar Vargas, a oposição conseguiu transformar o inquérito policial, instaurado pelo governo para investigar o atentado contra o oposicionista Carlos Lacerda, e que resultou na morte do major Rubens Vaz, num inquérito policial militar (IPM), conduzido pela Aeronáutica, que, na ocasião, estava em situação de insurgência contra Vargas.

Hoje, os presidentes de partidos aliados reúnem-se no comitê de campanha de Lula para dar uma "resposta à altura à oposição", segundo o coordenador da campanha, Marco Aurélio Garcia. O governo mobilizou os chefes da campanha de segundo turno, ontem, para reagir e criticar a proposta, feita pela oposição, de acompanhamento do inquérito do dossiê.

O governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, não descarta a possibilidade de procurar, além dos governadores aliados de Lula, os governadores eleitos de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, para discutir "qual país eles esperam no futuro". Isto a propósito, também, da idéia da oposição de querer acompanhar o inquérito.

Wagner entende que o discurso oposicionista busca "desqualificar as instituições republicanas". "Se eles pensam que vão ganhar essa eleição na mão grande, não vão não".Também a propósito do acompanhamento do inquérito, o governador eleito de Sergipe, Marcelo Déda, disse que PSDB e PFL não podem "mirar no presidente Lula e acertar a democracia". Déda disse que todas as instituições - Polícia Federal, Ministério Público, Justiça Federal - estão funcionando normalmente e as reclamações dos oposicionistas são fruto de uma "pesquisite aguda". "Eles esperavam que o segundo turno trouxesse uma onda Alckmin. Isso não ocorreu".

Helena

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