Entre 2003 e 2005, o Brasil viveu um o melhor ano em termos de redução da pobreza. Essa é a conclusão de um estudo realizado por Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais (CPS) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio. O trabalho de Neri, que será apresentada em detalhes hoje, foi realizado com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2005, recém-divulgada.
De acordo com Neri, a redução da miséria entre 2003 e 2005, de 19,18%, foi maior do que a verificada entre 1993 e 1995, de 18,5%. A proporção de miseráveis caiu de 35,3% para 28,8% entre 1993 e 1995 e de 28,2% para 22,7% entre 2003 e 2005.
Para o cientista político Octavio Amorim, da FGV do Rio, a queda da miséria de 2003 a 2005 ajuda a explicar os excepcionais índices de intenção de voto no presidente Luiz Inácio Lula da Silva este ano, A proporção de miseráveis no campo era de 62,79% em 1993, caiu para 56,5% em 1995, para 52,31% em 2003 e para 45,74% em 2005.
Já no caso da miséria metropolitana, houve uma queda de 32% no primeiro período, um aumento de 41% no segundo e nova queda de 23,7% entre 2003 e 2005. O índice era de 22,16% em 1993, caiu para 15,07% em 1995, subiu para 21,25% em 2003 e voltou cair para 16,22% em 2005.
Uma diferença ressaltada por Neri entre os dois períodos de queda da pobreza é que entre 2003 a 2005 o principal fator da queda foi a redução da desigualdade. No primeiro período, a renda média aumentou 24,77%, mais que o dobro dos 9,98% de 2003-2005. Em compensação, nesse segundo período a queda da desigualdade foi o dobro. "Houve um crescimento mais modesto do bolo, mas com mais redistribuição", diz o economista
Helena
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