O direito de resposta obtido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo Presidente Lula contra a Folha e CBN está causando indignação nos atigidos. O colunista Clóvis Rossi, da "Folha de S.Paulo" considerou a decisão "exagerada". O jornalista Heródoto Barbeiro, da rádio CBN, se disse "surpreso". Os veículos vão recorrer da decisão.
- O artigo é uma opinião, não uma notícia. - Esse tipo de jogo esperava de Paulo Maluf ou Fernando Collor, não de políticos com tradição democrática, caso de Lula - disse Rossi. No artigo "Como se faz uma quadrilha", publicado dia 22, ele diz que o PT se transformou numa quadrilha, Uma frase considerada ofensiva pelo ministro Gerardo Grossi é: "Foi uma cultura que geriu a 'quadrilha', antigamente chamada de Partido dos Trabalhadores".
- É uma conclusão profundamente desnecessária e ofensiva e constitui injúria - entendeu o ministro Gerardo Grossi.
- Todo jornalista é livre para exercer sua profissão. Defendemos é o direito de resposta. A liberdade de imprensa não impede que quem se sentir ofendido peça direito de reposta - disse o ministro Carlos Ayres Britto.
Outro pedido de resposta de Lula, contra coluna de Rossi de 21 de setembro, ainda está pendente de julgamento pelo TSE.
Alckmin: comparação de Lula a ladrão de carros na rádio
No caso da CBN, declarações de Alckmin na série de entrevistas com candidatos foram consideradas ofensivas a Lula pelos ministros do TSE. Segundo o ministro relator Ari Pargendler, Alckmin relaciona Lula a desvios de dinheiro público e impunidade. Num dos trechos, o tucano diz que "ladrão de carro rouba e diz que não precisa" e sabe que não será pego; noutro, classifica o governo Lula como uma sofisticada organização criminosa.
- Foi um excesso que tem que ser coibido. O TSE tem que zelar para que a campanha mantenha níveis de respeito - disse Pargendler.
Barbeiro se disse indignado:
O TSE determinou que a CBN dê quatro minutos para que Lula responda. A diretora executiva de Jornalismo da CBN, Mariza Tavares, informou que a rádio recorreu ontem.
Helena
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