Os ‘escândalos políticos’ podem ser divididos em duas categorias. Há aqueles que se transformam em bolas de neve, causando com o tempo efeitos cada vez mais devastadores; e há os que ‘explodem’, mas logo o povo muda de assunto. O mensalão, que muitos pensaram ser da primeira categoria, acabou sendo um bafafá restrito à mídia. Não teve força para causar grade estrago eleitoral.
O caso do dossiê parece que segue o mesmo caminho. A pesquisa do Datafolha, feita depois da do Ibope (embora divulgada antes), talvez sinalize que a oscilação ficou restrita aos dias de maior repercussão, com os telejornais divulgando pesado. Agora, tudo voltou mais ou menos ao normal. E os índices eleitorais se assentam nas posições de antes.
Senão pelos números, também pelo fato de que esse escândalo não é como o anterior; ou seja, não atinge apenas uma das trincheiras (embora o valerioduto, bem sabemos, também envolva o PSDB). O caso do dossiê é ’suprapartidário’.
O PT é acusado de ter comprado a papelada, o PSDB é acusado de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. É claro que não há um único perdedor nessa história.
Na hipótese de se tornar uma bola de neve (coisa de que duvido), tal episódio pode arrastar consigo não somente um partido, mas praticamente todos os envolvidos (ainda que parcela considerável da imprensa prefira não usar a eqüidade ao tratar do tema).
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