Beethoven no último programa de Lula

A emoção voltou ao programa do Presidente Lula no último dia de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Ao som da nona sinfonia de Beethoven, o programa foi aberto com pessoas dando as mãos, formando uma corrente, tendo paisagens brasileiras como pano de fundo. O locutor dizia que um novo Brasil está nascendo "com a força solidária do povo". O programa nos relembrou o estilo da campanha de 2002. Lula, com a primeira-dama Marisa Letícia ao seu lado, afirmou que seria submetido a um duplo julgamento: pelo que fez no governo e pelo que está propondo para o futuro.

Com fundo musical, Lula apareceu na tela declamando a poesia " O outro Brasil que vem aí (de Gilberto Freyre) :
- Ouço as vozes, vejo as cores e sinto os passos desse Brasil que vem aí. ...

Com traje esportivo e um jardim ao fundo, Lula fez um paralelo entre o país em crise em 2003, quando tomou posse, com o Brasil de hoje, dizendo que a economia cresce, a inflação cai, o emprego aumenta, os salários melhoram, o país se desenvolve e a pobreza diminui.

- Se com as dificuldades que enfrentamos, e com a falta de experiência que tínhamos, conseguimos tudo isso, imagine o que poderemos fazer agora, quando conhecemos melhor a máquina e a economia está equilibrada.disse o Presidente Lula.

Liberdade vigiada

Diferença de estilo. Depois que Marco Aurélio Garcia substituiu Ricardo Berzoini no comando da campanha nacional do PT, as reuniões começaram a ser diárias. O vice-presidente do PT é bem mais controlador, Berzoini deixava todo mundo livre. “Livre até demais”, ironiza o secretário nacional de organização do partido, Romênio Pereira. Ele entrou no comando da campanha porque faz parte da tendência de centro Movimento PT, que desde o escândalo do mensalão, vem compondo com a esquerda partidária. Romênio ficou desanimado com a trapalhada dos “aloprados”. Mas o desânimo durou só até o fim de semana. Logo as pesquisas mostraram que Lula não foi atingido.


Helena