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sexta-feira, 29 de setembro de 2006

A gastança do Aeroalckmin


Alckmin está sendo acusado de aumentar despesas com viagens oficiais em 622%. Desconfia-se que o dinheiro saiu dos cofres públicos. Alckmin deixou um rombo de R$ 1,2 bilhão nas contas do Estado

Enquanto esteve à frente do Palácio dos Bandeirantes, entre 2001 e 2005, o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, aumentou os gastos do governo paulista com locação de carros e aeronaves em 622%. O período maior de crescimento foi registrado em 2005, especialmente com o fretamento de aviões.

Naquele momento, Alckmin iniciou a disputa interna com o então prefeito paulistano, José Serra, para a escolha do candidato tucano ao Palácio do Planalto. Entre 2004 e 2005, a elevação teria sido de 53%. Em 2001, Alckmin gastou R$ 5,3 milhões com aviões e carros em viagens. Em 2005, esse valor subiu para R$ 39 milhões. O total gasto, em cinco anos, foi de R$ 90 milhões. A assessoria do candidato Alckmin informou que o Palácio dos Bandeirantes é que se manifestaria a respeito.

Os números sobre a elevação estão no Sistema de Gerenciamento de Execução Orçamentária do Estado de São Paulo (Sigeo) e foram divulgados ontem. Além da verba já disponível para esse fim, um assessor especial do governador, José Eduardo de Barros Poyares, lotado na Casa Civil – que é encarregada de cuidar dos gastos do titular do Palácio dos Bandeirantes -, recebeu um montante de verba de representação, no mesmo período, o que causou estranheza .

Com esses dados em mãos, o deputado Petista vai encaminhar um requerimento ao governo do Estado solicitando informações e o detalhamento dos gastos. Ele quer saber para quais locais Alckmin viajou, principalmente em 2005. Desde o ano passado, na verdade, o PT já havia solicitado esses esclarecimentos, mas não obteve resposta. “Esses gastos desmascaram a imagem do administrador, mostra que é pura balela”, critica Enio Tatto. “O ex-governador usava recursos públicos para se auto-promover e para se viabilizar na disputa interna como candidato à Presidência”, acusou o líder petista.

Viagens pessoais

No levantamento petista, o gasto total com carros e aeronaves se refere às várias áreas do governo, e não somente a viagens pessoais do ex-governador paulista. Na Secretaria de Educação do Estado, por exemplo, foram gastos R$ 2 milhões, com dispensa de licitação. Isso representa quase 50% do total no setor. Na Secretaria de Cultura, 57% do total dos gastos com aeronaves (correspondente a R$ 182 mil) também teriam sido efetuados sem licitação. Na Secretaria de Ciência e Tecnologia, mais R$ 199 mil do item outras despesas de transporte foram consumidos sem licitação.

Somente com passagens aéreas, os gastos do governo pularam de R$ 4,9 milhões, em 2001; para R$ 10,2 milhões, em 2005. O aumento, foi de 108%.


Assessor recebeu R$ 4,3 mi

Somente o assessor da Casa Civil do governo paulista José Eduardo de Barros Poyares recebeu como verba de representação, entre 2001 e 2006, um total de R$ 4,3 milhões. Essa informação foi extraída pelo PT do Sistema de Execução Orçamentária do Estado (Sigeo), administrado pela Secretaria da Fazenda de São Paulo.

Segundo o governo, o número real seria R$ 3,8 milhões, que teria sido confirmado pelo Tribunal de Contas do Estado. O líder do PT, Enio Tatto, disse desconfiar que a verba de representação possa ter sido utilizada como complemento de viagens no período em que Alckmin se lançou candidato. A assessoria de comunicação do Palácio dos Bandeirantes, no entanto, diz que a verba é utilizada para gastos do gabinete do governador e “é normal que um funcionário do governo receba e se encarregue desse serviço”.

Até nos três primeiros quatro meses deste ano — antes de Alckmin se desincompatibilizar para disputar a Presidência —, Poyares continuou recebendo a verba. Em janeiro, ele recebeu R$ R$ 30 mil; em fevereiro, R$ 83 mil; em março, 105 mil; e em abril, 1,8 mil.

Variação

De janeiro a agosto de 2005, a média por mês de verba de representação foi de R$ 66 mil. Nos últimos quatros meses de Alckmin no governo, passou para R$ 118 mil, o que representou uma elevação de 79%. Ano por ano, o valor foi quase o mesmo, excetuando-se 2002. Nesse ano, Poyares ficou com um total de R$ 773 mil. Em 2003, recebeu 1,11 milhão; e em 2004 e 2005, a mesma quantia: 1,13 milhão. A variação entre 2002 e 2005 foi de 47,35%.

Helena

1 Comentários:

Anônimo disse...

Nos países de 1ºmundo quem está ganhando tem o direito de não comparecer aos debates. E por que não o nosso Presidente LULA? Senhor Presidente não tenho muitas esperanças de que no próximo governo farás coisas mirabulantes, mas, espero que os projetos criados para a educação continuem em pleno vigor, e até melhorando-os pois creio que só com educação de qualidade nosso país irá superar estas crises e toda corrupção que vemos todos os dias. Se outros países conseguiram, nós também conseguiremos, não podemos continuar com a educação como era feita no tempo de Brasil Colonia. CHEGA! Está na hora de mudarmos este quadro que tanto nos envergonha, colocando o Brasil no ranking mundiais somente naquilo que não presta. Vamos Sr. Presidente faça como o Rei Salomãoa peça à Deus sabedoria para governar esta nação, busque, clame, se dedique à Ele, que com certezas farás um ótimo mandato. O SENHOR TER ABENÇOE E TE GUARDE, O SENHOR FAÇA RESPLANDECER O SEU ROSTO SOBRE TI, E TE DÊ A PAZ.

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