A notificação do Tribunal Regional Eleitoral ao cardeal do Rio de Janeiro, dom Eusébio Scheid, para que orientasse o clero fluminense a se abster de comentários político-ideológicos causou constrangimento ao Vaticano. A notícia chegou ao gabinete do novo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone. Segundo relato de bispos brasileiros, o sentimento no Vaticano foi de surpresa. Em Brasília, a direção da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reagiu com indignação:
- É a primeira vez que ouço falar que uma instância judiciária proibiu a Igreja de tocar em assuntos políticos em qualquer ato litúrgico. Isso compete aos bispos. É uma invasão inconcebível de competência. Nem na ditadura aconteceu. Tanto que o tribunal voltou atrás - disse o vice-presidente da CNBB, d. Antônio Celso de Queirós. A decisão da Justiça Eleitoral foi recebida pela Igreja como um ato hostil. Por essa versão, o Vaticano só não teria se posicionado publicamente porque o TRE recuou da decisão e cassou a liminar, por cinco votos a um.
Helena
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