O diretório do PT de São Paulo entra hoje na Procuradoria Regional Eleitoral com notícia-crime contra o secretário estadual de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho. Ele é acusado de calúnia, injúria, difamação e divulgação de fatos considerados inverídicos pelo PT, com a intenção de prejudicar o partido e seus filiados. Para o presidente do PT paulista, Paulo Frateschi, o secretário — que comanda a segurança desde o governo de Geraldo Alckmin em São Paulo — está sugerindo que o partido tem ligações com crime organizado.
— Saulo tenta incitar a população contra o PT e criar um clima ruim na sociedade. Existem, claro, motivações políticas, o que é uma pena. O povo de São Paulo quer um combate enérgico ao crime organizado. Infelizmente o secretário de Segurança Pública, responsável por isso, ao invés de incentivar sua polícia a combater o crime, acaba incentivando a sua polícia e a população a se voltar contra o seu adversário político, o que é uma lástima e uma irresponsabilidade — disse.
“Debate político é uma coisa, calúnia é inaceitável”
Frateschi disse que a calúnia ultrapassou o debate político:
— O debate político é uma coisa, mas a calúnia, a difamação, a utilização de fatos inverídicos para fazer a luta política, isso é inaceitável. Infelizmente eles (tucanos) estão cometendo os mesmos crimes. Precisamos dar um breque nisso.
Frateschi defendeu o afastamento imediato de Saulo da Secretaria.
— Para que o governador (Cláudio Lembo, do PFL) preserve as prerrogativas do estado, é necessário que afaste imediatamente seu secretário. Ele macula a imagem do estado. Saulo não consegue ter o equilíbrio suficiente para comandar 180 mil homens que cuidam da segurança no estado — disse.
O presidente do PT lembrou que na última segunda-feira foi detido em flagrante na Assembléia Legislativa o subtenente da reserva Donato Aparecido de Biagi, que distribuía panfleto vinculando os ataques da facção criminosa ao PT e seus candidatos e fazendo campanha para o tucano Geraldo Alckmin.
Helena
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