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sexta-feira, 7 de julho de 2006

Ato pró Lula em agosto


O PT fecha até o final da próxima semana um calendário de grandes manifestações de rua que pretende realizar ao longo do mês de agosto em apoio à reeleição de Lula. O planejamento envolve entidades sindicais como a CUT, estudantis como a UNE e sociais como o MST.

Pretende-se estabelecer um contraponto com a campanha de Geraldo Alckmin. Enquanto o candidato tucano aposta suas fichas na campanha eletrônica, que começa em 15 de agosto, o PT quer levar milhares de pessoas às ruas em pelo menos cinco datas diferentes, sempre com a participação de Lula.

"Vamos mostrar que campanha não se faz apenas no rádio e na televisão", diz João Felício ,responsável pela comissão de mobilização do comitê reeleitoral de Lula. Ex-presidente da CUT, Felício afirma que serão feitas "dezenas de manifestações simultâneas em todo país, especialmente nas grandes cidades". Felício afirma que o PT deseja fazer "uma campanha diferente" da que realizou em 2002. Ele não menciona o escândalo do mensalão, que tisnou a imagem do PT. Mas depreende-se de suas palavras uma tentativa do partido de reencontrar-se com sua militância. "Vamos recuperar aquilo que os militantes sempre representaram no passado nas campanhas do Lula", diz ele.

Nesta sexta-feira, Felício discutirá a estratégia com representantes do movimento sindical, em encontro na sede paulista do PT. Na terça-feira da semana que vem, ele se reúne com de entidades que têm assento na CMP (Central dos Movimentos Populares). Inclui da turma dos "sem" -sem terra, sem teto e sem emprego-a organizações estudantis e de defesa dos direitos das mulheres e dos negros.


O plano prevê a organização de manifestações de rua setoriais: de sindicalistas, da juventude estudantil, das mulheres, dos negros e, fechando a série, uma grande mobilização nacional de todos os movimentos sociais. Felício não quis fazer previsões sobre o número de pessoas que se animarão a ir às ruas por Lula. "Vai ser muita gente", limitou-se a dizer.


O blog quis saber de Felício quem vai pagar a conta da organização e da realização das mobilizações. E ele: "Você sabe que não se pode utilizar recursos do movimento sindical em favor de candidaturas. Quem vier às nossas reuniões, será por conta própria. É uma campanha de militância. Na convocação das passeatas, teremos de confeccionar cartazes. Esse material será pago pela coordenação da campanha".


O blog insistiu: não há o risco de as passagens de participantes das reuniões de planejamento serem custeadas por sindicatos e entidades sociais. E Felício: "Da mesma maneira que o Alckmin faz reuniões com empresários, banqueiros e latifundiários e ninguém pergunta quem financia essas atividades, não vou perguntar a quem vier às nossas reuniões de onde ele tirou o dinheiro. Não posso saber se ele usou recursos do sindicato, espero que não".


Colaboração de Lilia Dalva

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