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sexta-feira, 16 de junho de 2006

Predestinado a derrota?


A convenção do PSDB, que homologou a candidatura de Alckmin à Presidência da República, não teve o efeito positivo que se esperava. Os discursos foram marcados por tons agressivos, de baixo nível, Sem nenhuma classe, cultura e educação contra o presidente Lula e em nada ajudara o candidato. O discurso do candidato Alckmin, foi agressivo e negativo ao dizer 'O presidente não trabalha, só viaja e bebe muito'Foi inconveniente para quem precisa fixar um perfil positivo e propositivo junto ao eleitorado.

O que agrava a situação do tucano é que vai se formando no seu entorno e no meio político a impressão de que se trata de uma candidatura pré-destinada à derrota. No próprio PSDB e setores do PFL dissemina-se a idéia. O general-comandante da campanha, o próprio Alckmin, não parece ter voz de comando para dar moral às tropas e buscar a virada, não no quadro geral da disputa, mas, num primeiro momento, na situação de sua campanha.

Ao vencer José Serra no embate interno parecia que Alckmin se alçaria como novidade na política. Esperava-se um político inovador, propositivo, capaz de empolgar o eleitorado das classes médias com um discurso modernizante e reformador. Ao que parece, as dificuldades de arrancada jogaram Alckmin para os braços das forças moralistas do PSDB e do PFL, que atolaram a candidatura num discurso com ranço udenista e sem criatividade programática. Empacado nas pesquisas, Alckmin empolga tão pouco que analistas chegam a promover a projeção nada exagerada de que ele será ultrapassado por Heloísa Helena.

Eleições, como a história o demonstra, estão inscritas numa ambivalência, definida por determinada lógica interna das conjunturas e pelos elementos surpreendentes e indeterminados que podem incidir sobre estas mesmas conjunturas. No momento, a lógica interna da conjuntura joga amplamente a favor de Lula. Para que a sorte possa sorrir para Alckmin é preciso que demonstre competência e capacidade de superação, respeito ao adversário.Um pouco de humildade também não fará mal algum. Bom...mas dai já é pedir demais aos tucanos que tem no seu histórico a fama de não gostar de pobre.
A frase de Fernando Henqueique Cardoso, no programa do Jô Soares," Pobre quando chega lá pensa que é outra coisa" define bem o respeito com que os tucanos tem as pessoas humildes.


Helena

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