A fraude no pagamento do auxílio pré-escolar da Câmara Legislativa será apurada por uma comissão interna de sindicância. Reunião extraordinária da Mesa Diretora, convocada ontem, definiu que esta é a melhor maneira de investigar as denúncias feitas por uma auditoria da própria Casa. “Primeiro é preciso detectar se houve má-fé coletiva para depois punir os responsáveis”, afirma o vice-presidente da Câmara, deputado Chico Floresta (PT). A comissão de sindicância correrá junto com a tomada de contas especial que a Mesa pediu em abril, quando recebeu o relatório da auditoria.
O esquema foi revelado na edição de segunda-feira do Correio Braziliense, que obteve com exclusividade acesso ao relatório da auditoria interna da própria Câmara. No documento, constatou-se que funcionários do Legislativo local falsificaram dados para receber benefício destinado à manutenção de crianças de até seis anos. As fraudes incluem o recebimento do auxílio para crianças fora da faixa etária prevista, a inclusão de menores que não estão sob responsabilidade dos servidores e a solicitação do benefício para bebês que ainda não nasceram. A Câmara Legislativa gasta por mês R$ 263 mil com o auxílio pré-escolar.
Solicitada em março, a auditoria foi realizada em cima dos números de fevereiro: 495 servidores e 640 dependentes eram beneficiados, cada um recebendo R$ 120 mensais. A partir de amostragem, foram escolhidos 156 funcionários para passarem pela inspeção. Os técnicos da Câmara encontraram irregularidades em 30% dos processos analisados. Instituída em 1994, a assistência é prestada ao servidor que mantenham sob dependência econômica menores de zero a seis anos ou portadores de necessidades especiais de qualquer idade.
Helena
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração