O comportamento dos advogados Maria Cristina de Souza Rachado e Sérgio Weslei da Cunha durante a acareação com Arthur Vinícius Silva, o funcionário terceirizado da Câmara acusado de vender cópias sigilosas de depoimentos relacionados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), pode fechar o cerco definitivamente sobre os dois. Os três ficarão frente à frente hoje, na CPI do Tráfico de Armas. Ontem, os deputados marcaram a data do depoimento de Marcos Camacho, o Marcola, apontado como principal líder da facção criminosa. Ele será ouvido entre os dias 06 e 07 de junho no Fórum Criminal da Barra Funda, na capital paulista.
Até lá, os parlamentares esperam conseguir mais informações sobre a participação de Marcola na onda de violência que atingiu São Paulo na semana passada. “O indiciamento dos advogados na CPI é certo. A ética foi totalmente fraudada. A impressão que se tem com a acareação, um chamando o outro de mentiroso, é que os dois têm razão. As versões apresentadas não foram verídicas”, acusou o deputado Moroni Torgan (PFL -CE), presidente da CPI.
Na comissão, há quem trabalhe com a possibilidade de os advogados receberem voz de prisão ao final da sessão de hoje, caso as contradições e acusações mútuas continuem. Para alguns deputados, as informações desencontradas dadas por Maria Cristina e Sérgio Weslei são um desrespeito ao trabalho da CPI. Torgan, que chegou a anunciar, na manhã de ontem, a disposição de dar voz de prisão a Maria Cristina e Sérgio Weslei, recuou. “Acho difícil que eles sejam presos agora. Vamos esperar a Justiça”, disse. “Não sei se eles serão presos imediatamente depois da sessão, mas serão presos com certeza”, disse o deputado Alberto Fraga.
Helena
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