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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Em Natal (RN), Dilma encontra cientistas e recebe documento com propostas para o setor

Para que o Brasil dê um passo decisivo na direção de deixar de ser emergente e se tornar um país desenvolvido, com uma sociedade inclusiva e mais igual, precisa, de um lado, de educação e, de outro, de ciência, tecnologia e inovação.

A ideia foi defendida hoje (28/7) por Dilma Roussef, durante sua participação da 62ª Reunião da Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), que acontece até 30 de julho no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal (RN).

Em seu discurso, Dilma fez um balanço das ações do governo Lula em Ciência, Tecnologia e Inovação, adiantando algumas de suas metas para o período 2011-2014, se eleita.

- aumentar os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D e I) dos atuais 1,34% para algo entre 1,8% a 2% do PIB.

- fortalecimento dos 122 institutos de pesquisa criados durante o governo Lula;

- a proteção da Amazônia e do mar;

- aumento do número de bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq);

- aumento de mestres e doutores e de patentes.

Dilma acrescentou outras áreas que receberão atenção especial se ela for presidente:

- microeletrônica;
- fármacos;
- energia;
- produção de satélites (e seu uso para monitoramento do desmatamento na Amazônia);
- veículos lançadores de satélites (foguetes do programa espacial)

No balanço que fez da administração Lula, Dilma disse que “tem orgulho de ter participado de um governo que fez tento pela ciência e pela inovação tecnológica”. Em seguida ela citou as principais realizações na área:

- aumento do orçamento para atingir R$ 41,2 bilhões, no período 2007-2010, através do PACTI (Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional);
- o número de bolsas do CNPq e da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) dobrou;
- em 2010 são mais 160 mil bolsas de iniciação científica;
- o orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia dobrou em quatro anos;
- a Lei do Bem, que desonera as empresas que fazem inovação

Documento da comunidade científica

Antes de iniciar seu discurso para um auditório lotado, a ex-ministra recebeu dos presidentes da SBPC, Marco Antonio Raupp, e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis, uma carta com a agenda das duas entidades para as áreas de educação, ciência, tecnologia e inovação.

Lido por Raupp, o documento, com centra-se em quatro propostas:

- uma revolução na educação, “em todos os níveis, incluindo o ensino técnico e as diversas formas de educação superior”.

- defende o Brasil deve estar na fronteira do conhecimento;

- a conservação e uso sustentável de seus biomas;

- agregar valor a produção e à exportação, por meio da intensificação da inovação nas empresas e fortalecimento da interação delas com instituições de ensino e pesquisa.

A ABC e a SBPC concluem a carta dizendo que “consideram que essa Agenda de Ciência e Tecnologia para o Brasil deve estar fortemente vinculada ao desenvolvimento social, integral e abrangente, pressuposto para uma nação forte e soberana”. (com informações da SBPC)

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