A Polícia Federal deflagrou ontem (7) a Operação Hygeia para cumprir 35 mandados de prisão temporária de pessoas supostamente envolvidas em esquema de desvios e fraudes em licitações e contratos.
Há indícios de fraudes em licitações da Fundação Nacional de Saúde (Funasa); contratação por valores superfaturados de organizações não governamentais (ONGs) para prestar serviços de saúde; e a contratação, sem a execução das obras, de empresas de engenharia por prefeituras de Mato Grosso. Além desse estado, há mandados de prisão no Distrito Federal, em Goiás, Minas Gerais e Rondônia.
Boa parte dos mandados de prisão é contra servidores públicos (17).
A Operação Hygeia foi realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo auditoria preliminar do órgão, o esquema desviou R$ 51 milhões de obras e serviços pagos e não executados. A controladoria estima que o total do desvio possa ultrapassar R$ 200 milhões.
De acordo com nota da PF, os três esquemas de fraude eram “hierarquicamente estruturados,” e “se comunicavam por meio de núcleo empresarial comum”. Segundo a Polícia Federal, funcionários de setores estratégicos da Funasa direcionavam licitações; executavam contratos com custos superiores aos do mercado; e pagavam por serviços não realizados.
A suposta fraude das ONGs envolvia superfaturamento de serviços prestados, contratação de parentes e apadrinhados políticos e pagamento de salários fantasmas a valores também maiores que os do mercado. As ONGs prestavam serviços para o Programa de Saúde Indígena, o Programa Saúde da Família, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e as unidades municipais de saúde.
Há ainda denúncia de supostos contratos superfaturados em obras de engenharia de prefeituras de Mato Grosso, conveniadas com o governo federal. Além de superfaturadas, obras foram pagas mesmo sem estarem concluídas.
Segundo a PF, os envolvidos deverão ser “indiciados por formação de quadrilha, estelionato, fraude em licitações, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, prevaricação, dentre outros”. (Da Agência Brasil)
Oo ex-prefeito de Santo Antônio de Leverger, Faustino Neto, do DEMos, está entre os presos.
Jornal Nacional quer ressuscitar "aloprado"
Um dos presos foi o empreiteiro Valdebran Padilha, que esteve envolvido no escândalo dos "aloprados", já foi filiado ao PT de Mato Grosso e já saiu do partido há muito tempo. Para saber o que a Globo não conta, os leitores daqui do blog já sabem desde 2006, na nota "Quem é Valdebran Padilha, o 'petista'?".
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