Valdebran Carlos Padilha da Silva é empreiteiro e engenheiro eletricista de Mato Grosso, conhecido no meio empresarial desse estado como “um articulador de emendas parlamentares”. Antes de se filiar ao PT (2004) e ser “tesoureiro” da campanha para a Prefeitura de Cuiabá, já era diretor-técnico da Associação Matogrossense de Municípios, o lobby dos prefeitos de MT. Função na AMM? “Coordenador Técnico”, encarregado de projetos de engenharia e captação de recursos.
O cara é do ramo. Já abriu e/ou fechou pelo menos 4 empresas de engenharia e consultoria no MT – V3 Engenharia, Saneng, Fontoura Construções, Engesan. Em seu nome ou no de parentes. Em 2005, a CGU descobriu que estas empresas estavam envolvidas em pelo menos dois casos de “indícios de simulação de competição” em prefeituras de MT: São Félix do Araguaia (PMDB, vice PSDB) e Santa Cruz do Xingu (PPS, vice PP).
Em 2005, tentou ser indicado para o cargo de Diretor Financeiro da Eletronorte, um dos 50 cargos mais “importantes” do Governo Federal (orçamento de 1 bi). A Dilma barrou, alertada da ficha suja do rapaz. Além da CGU, a PF já tinha ele na mira, por causa do caixa 2 em Cuiabá e outras aventuras (foi denunciado por petistas).
Moral da história:
Valdebran é uma espécie de “Marcos Valério” de Mato Grosso, obviamente, de menor escala e operando num ramo mais tradicional – a construção civil pesada. Aposto que se futucarem muito, vai sobrar pra todo lado. Empreiteiro pode ser filiado, mas não tem qualquer preconceito político. Operacionalmente falando, é claro.
Business as usual.
Paulo Almeida
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