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quinta-feira, 16 de julho de 2009

CPI da Petrobras: Quem é quem


Sérgio Guerra (PSDB-PE)

Presidente nacional do PSDB, tem contra si uma ação de Ipugnação de Mandato Eletivo (Nº1/2002) no TRE-PB, sob sigilo de justiça. É um dos congressistas que poderiam perder o mandato se o limite de 33,3% de faltas às sessões legislativas do Senado fosse respeitado; segundo o site Congresso em Foco, Sérgio Guerra teve índice de ausência de 35,2% em 2007.
Recebeu R$ 734.060,22 na campanha eleitoral em 2002, com destaque para as contribuições da CSN (R$ 248.080,00) e da Vicunha Têxtil (R$ 138.703,05), além da Navegação Vale do Rio Doce e da Cia Brasileira de Petróleo Ipiranga (R$ 50 mil doados por cada). Gastou R$ 211.550,84 em verba indenizatória.
Álvaro Dias (PSDB)

Proprietário rural e irmão do também senador Osmar Dias (PDT-PR). Dele partiu o requerimento para a criação da CPI da Petrobras. Em novembro de 2008, uma sobrinha de Dias foi exonerada de seu gabinete pelo Senado, em cumprimento a uma norma do STF (Supremo Tribunal Federal) contra o nepotismo. Recebeu um total de R$ R$ 1.523.384,21 na campanha eleitoral de 2006 - cuja maior doação, no valor de R$ 400 mil, foi feita pela Unimed do Paraná.
De seu patrimônio, declarado em R$ 1.904.924,90, constam uma fazenda de 144 hectares no município de Porecatu (PR), avaliada em R$ 268.963,00, além de uma BMW 320 de R$ 120.000,00. De fevereiro de 2008 até fins de maio deste ano*, gastou R$ 151.147,11 em verba indenizatória sem prestar contas.


O senador Álvaro Dias está sendo processado por uso da cavalaria da PM contra professores.Também é acusado de crime contra a administração pública, movidas pelo Supremo Tribunal Federal. (Veja a petição: Pet/4316 - (Veja no STF). Situação atual: 09/02/2009 - Baixa dos autos em diligência, Guia nº 276/2009, Ofício nº 215/SEJ, à Superintendência Regional do Departamento de Policia Federal no Distrito Federal.A operação Castelo de Areia, tem documento em que mostra que, as construtoras Camargo Corrêa e a Norberto Odebrecht doou R$50 mil para o tucano Álvaro Dias (PSDB-PR).


ACM Júnior (DEM-BA)


Empresário, entrou na política depois de assumir uma cadeira de senador como suplente, após a morte do pai, Antonio Carlos Magalhães, em julho de 2007. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, foi um dos senadores beneficiados pela edição de atos secretos. É um dos donos da Rede Bahia de Comunicação - proprietária do jornal Correio da Bahia, além de concessões de rádio e TV.

Ao todo, a campanha de ACM pai recebeu R$ 717.111,29 em doações eleitorais. Principais doares: João Carlos DiGenio (R$ 100 mil), dono da rede Objetivo de ensino e da Universidade Paulista (Unip) e amigo pessoal de ACM; Cia de Seguros Alianças da Bahia (R$ 100 mil); Navegação Vale do Rio Doce (R$ 100 mil) e Cia Brasileira de Petróleo Ipiranga (R$ 60 mil). Gastou R$ 218.265,26 em verba indenizatória.



Fernando Collor (PTB-AL)

Velho conhecido dos brasileiros, o ex-presidente tem sob suas costas uma série de processos e acusações: a Ação Penal Nº451/200, por falta de recolhimento de imposto de renda, e Ação Penal Nº465/2008, por falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, tráfico de influência e corrupção ativa - ambas em tramitação no STF. Sofreu impeachment em 1992. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, foi um dos senadores beneficiados pela edição de atos secretos.

Possui 12 concessões de radiodifusão em Maceió (AL), além de um patrimônio declarado de R$ 4.806.389,13, que inclui a participação em diversas empresas, imóveis em Brasília, Maceió e São Paulo, uma BMW 745 de R$ 360.000,00, uma lancha de R$ 27.758,90 e 320 ações da Petrobras no valor de R$ 14.875,70. Collor poderia perder o mandato se o limite de 33,3% de faltas às sessões legislativas do Senado fosse respeitado; segundo o Congresso em Foco, Collor teve índice de 42,11% em 2007. Gastou R$ 133.860,76 com verba indenizatória, e recebeu um total de R$ 41.065,15 em doações à campanha eleitoral.


Entenda o caso:Integrantes de CPI da Petrobras sob suspeita

Senadores do PSDB e DEM da CPI do PSDB tiveram suas campanhas eleitorais financiadas por empresas que mantêm contratos com a Petrobras.Eles dizem que vão investigar as doações de campanha

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), autor do requerimento da CPI do PSDB, recebeu doações de uma das principais parceiras da Petrobras, a construtora Norberto Odebrecht. A parceria vem desde os anos 50, quando a construtora participou da construção do oleoduto Catu-Candeias, responsável por levar o óleo do campo de Catu à refinaria de Mataripe. A partir daí, foram várias parcerias em refinarias, plataformas e mais de 140 poços perfurados. O edifício-sede da Petrobras, no Rio, foi construído pela Odebrecht em 1969. Atualmente ela constrói, por exemplo, o edifício-sede no Espírito Santo.

Álvro Dias também recebeu pouco mais de R$ 20 mil da Positivo Informática, maior fabricante de computadores do país e braço de um dos maiores grupos de educação do país. Em 2008 fechou contrato com a Petrobras para o fornecimento de 30 mil computadores em 12 meses.

Estranhamente, hoje, a colunista Renata Lo Prete, publicou uma nota onde informa conta que, No processo de varredura dos contratos do Senado, técnicos foram procurar a documentação da empresa Aval, que abocanhou R$ 18,7 milhões para executar serviços de informática. E descobriram que o contrato sumiu.

Outra grande empresa, a Vale, fez doações por meio de subsidiárias a dois senadores da CPI: ACM Jr. (DEM-BA), e Sérgio Guerra (PSDB-CE). Vale e Petrobras têm várias parcerias, como a de fornecimento de combustível para as locomotivas da mineradora na estrada de ferro Carajás e Vitória-Minas e acordo para avaliar a exploração de gás natural em Moçambique, no leste da África. A Vale também atua com a Petrobras em consórcio para a perfuração de um bloco na bacia de Santos.

O grupo Ipiranga, que em 2007 foi adquirido pela Petrobras, Grupo Ultra e pela Braskem por U$ 4 bilhões, fez doação financeira para as acampanhas do presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra

A maior quantia doada foi pela construtora Egesa, em 2002 para o comitê do PFL (hoje DEM) do Estado de Tocantins: R$ 417 mil.

Desde 2005 a empresa passou a atuar também no setor de petróleo. Participou de um leilão da Agência Nacional do Petróleo com oferta de R$ 3,1 milhões (R$ 400 mil de bônus e R$ 2,7 milhões em investimentos) para explorar dois poços, Araças Leste e Sete Galhos, ambos perfurados pela Petrobras.

A empresa também assinou com a Petrobras, um contrato para a construção de um gasoduto que atenderá o vale do Aço, em Minas, e a região metropolitana de Belo Horizonte. Com 270 km, o gasoduto ligará o Rio a Queluzito (MG). A Egesa ficou responsável pela construção do terceiro trecho. O valor total do gasoduto é de R$ 711 milhões.

O senador ACM Jr. recebeu doações de três empresas ligadas à Petrobras. A baiana Ferbasa, com faturamento anual de U$ 300 milhões, recebe mensalmente da Petrobras o equivalente a 1% sobre o volume total da produção dos poços (gás e óleo) que estão localizados dentro das áreas de sua propriedade. Atualmente, esses valores giram em torno de R$ 40 mil.

Antes que alguém me pergunte sobre o “quem é quem” da base governista...

Acredito que eu não preciso perder tempo pesquisando. A imprensa já informa diariamente. Porém esquece de informar, quem são os parlamentares de oposição

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