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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Terrorismo da crise na imprensa esconde tentativa de achaque ao governo

Dessa vez não "deu no New York Times". Deu no Pravda:

A crise chegou à imprensa mundial. Com falta crônica de crédito, mudanças preocupantes estão ocorrendo. Veículos tradicionais, como o Le Monde, o Washington Post , o The New York Times , The Economist e El Pais , estão sem liquidez até para pagar empregados. É a realidade batendo à porta da "liberdade de expressão". E o irônico é que quase todas estas publicações foram justamente apologistas da desregulamentação dos mercados mundiais, fator principal da atual crise financeira.

O fato é que estão sem anunciantes. E os anúncios representam mais de 80% de seus faturamentos. O valor das vendas nas bancas, como no Brasil, há muito não significa quase nada, menos de 2%. Na França, jornalistas e grandes barões da imprensa (les patrons de presse) resolveram pedir ajuda ao governo. O presidente Sarkozy, em outubro passado, não vacilou.

Convocou logo os "Estados Gerais da Imprensa", fórum governamental para discutir o salvamento da mídia impressa. Os jornalistas mais independentes já estão com os olhos e ouvidos bem abertos, calculando o preço que a ajuda custará.

Comentário nosso:

A crise atinge de forma diferente diversos setores da economia. Uns perdem, outros ainda não sentiram impacto, alguns até ganham.

É possível que a crise que sai nas manchetes, reflita a crise nos departamentos comercial e financeiro dos jornais e revistas.

É só racionar. Se você desse ouvido ao alarmismo do noticiário, e tivesse essas quatro despesas e resolvesse ou tivesse que cortar uma delas, começaria por onde?

Revistas? Jornais? TV paga? Internet?

Um trabalhador que lê manchetes terroristas nas capas de jornais e se assusta com a possibilidade de perder o emprego, desiste de comprar o jornal para não gastar o dinheiro.

E se você fosse executivo de uma empresa que anunciasse em jornais e revistas que não estão vendendo, também deixaria de anunciar ou pelo menos exigiria pagar bem menos pelos anúncios.

As famílias Marinho, Mesquita, Frias e Civitta, defensoras do estado mínimo (PARA OS OUTROS), devem ter se assanhado com o socorro de Sarkozy na França, e estão querendo dar uma "facada" no dinheiro público.

Como vimos, ao contrário de Sarkozy, o governo português refutou a idéia de socorrer empresas de mídia, preferindo oferecer crédito e incentivos à pequenas empresas, compromissadas com geração de empregos.

Esperamos o mesmo aqui.

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