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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Recorde de empregos:País cria 2 milhões de vagas com carteira assinada no ano

O mês de setembro manteve a seqüência de resultados mensais altamente favoráveis no mercado formal de trabalho. Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o nível de emprego com carteira assinada no Brasil elevou-se em 0,92% no nono mês do ano, o que corresponde à criação de 282.841 vagas com carteira assinada. Este é o maior resultado da série histórica do para setembro, tendo superado em 12,6% o recorde anterior, atingido no ano de 2007. Ao contrário do bom desempenho nacional, no Distrito Federal houve queda no saldo de empregos no período, de 10,7%.

Foram 2.875 postos criados em setembro deste ano contra 3.185 no mesmo período de 2007. Porém, levando em consideração o acumulado dos nove primeiros meses no DF, o ano de 2008 tem larga vantagem sobre 2007. Enquanto o saldo chega a 28.344 no ano em curso, no mesmo período do ano passado acumulava 9.664 postos de trabalhos criados, três vezes menos.

Os dados nacionais mostram que de janeiro a setembro de 2008, pela primeira vez, o volume de empregos criados ostentou um patamar superior a dois milhões: foram 2.086.570 novos postos no período, ou mais 7,2%, ultrapassando em 25,2% o resultado acumulado nos nove primeiros meses de 2004 (1.666.188 postos ou 7,14%), que era o maior saldo anteriormente obtido para o mesmo período.

Nos últimos 12 meses, a variação acumulada atingiu alta de 7,24%, ou 2.096.970 empregos formais, superando em 42,5% o saldo recorde anterior para o mesmo período, de outubro de 2003 a setembro 2004 (1.471.944 postos ou alta de 5,28%). No Distrito Federal, no acumulado de 12 meses, o saldo de vagas criadas registrou alta de 6,53%, o que significa 35.044 postos de trabalho com carteira assinada.

Projeção mantida

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, manteve a projeção de crescimento de emprego para este ano em 2,1 milhões, revista no mês passado, quando divulgou os dados de agosto do Caged. Segundo Lupi, a crise financeira não deve afetar as contratações pois o País apresenta uma economia com base muito sólida. "Temos crescimento em todos os setores e por todas as regiões do País. A economia brasileira é superavitária. Poderá ter, no setor de exportação algum efeito pequeno na contratação, e só a partir do segundo semestre de 2009. Mesmo assim, prevejo 2009 muito positivo, novamente com

mais de 1,8 milhão de empregos gerados. E como já havia dito antes, 2008 fechará com mais de 2,1 milhões de novos postos formais de trabalho", afirmou.

Entre 2003 e setembro de 2008 foram gerados 8.355.338 novos postos de trabalho celetistas. O estoque de trabalhadores com carteira assinada no País - gozando de direitos como 13º salário, férias, depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) - chega a 31,05 milhões.

Com relação às unidades da Federação, verificou-se expansão generalizada, cabendo destacar o estado de São Paulo, com a criação de 72.268 postos de trabalho em setembro ou alta de 0,70%.


Setor de serviços na frente

Em termos setoriais, o segmento de serviços lidera a geração de emprego formal. Isso tanto em nível nacional quanto no Distrito Federal. Computando os dados do Brasil, o setor foi responsável pela geração de 104.653 postos (0,87%), seguido pela indústria de transformação, com mais 114.002 postos (1,54%), apresentando o seu melhor resultado mensal para toda a série histórica do Caged; o comércio, que ostentou o saldo recorde de 53.260 postos (0,80%) e a construção civil que, com a expansão de 32.769 postos (1,82%), também obteve o melhor saldo da série para o período. A Agricultura foi o único dos grandes setores a registrar eliminação de empregos em setembro, com o fechamento de 25.312 vagas (-1,43%), evidenciando continuidade em seu ajuste sazonal negativo relacionado ao período de entressafra no Centro-Sul.

Recordista

No D F, o setor de serviços abriu 1.830 postos de trabalho em setembro, 17.374 no ano e 20.165 nos últimos 12 meses. Já o comércio ficou com um saldo de apenas 73 postos em setembro, contra um acumulado no ano de 2.412. A construção civil brasiliense ficou em segundo lugar no ranking da geração de emprego formal: 722, em setembro, 5,873 no ano; e 6.419 em 12 meses. Segundo recorte geográfico, os dados evidenciaram que todas as regiões apresentaram expansão do número de trabalhadores celetistas para o mês: Sudeste (111.966 postos ou alta de 0,65%), Nordeste (105.811 postos ou 2,43%), Sul (40.318 postos ou 0,71%), Centro-Oeste (14.540 postos ou 0,66%), e Norte (10.206 postos ou 0,81%).

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