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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Daniel Dantas, e a bancada DD tentam desviar atenção


De Paulo Lacerda (Abin),: "Penso ser inaceitável que se aventurem em reportagem sem nenhuma base em fatos ou se lancem meras ilações, e mesmo suposições fundadas em meias verdades".

De Demóstenes Torres (DEM-GO), o Congresso deverá reativar uma comissão mista para acompanhar atividades de inteligência, formada pelos líderes do governo e da minoria na Câmara e no Senado e os presidentes das Casas.

Essa conversa de arapongagem surgiu exatamente no momento em que a equipe da PF que assumiu a investigação em torno de Daniel Dantas vai concentrar esforços nos indícios de fraude financeira no Banco Opportunity. O banqueiro seria inocentado, pela dificuldade de se reunir provas em frentes cada vez mais complexas na lavagem de dinheiro, um crime complexo e difícil de ser provado, segundo especialistas em direito financeiro

A PF decidiu se concentrar na hipótese de fraude porque os indícios desse tipo de crime são fartos, segundo os policiais que assumiram a investigação. Eis alguns dos indícios, sempre segundo a polícia:

1) Dantas não aparece como presidente do Opportunity, mas age como tal, segundo as gravações de conversas telefônicas feitas pela PF. Dório Ferman, o presidente do Opportunity, é uma espécie de laranja de luxo, na visão da PF. Nelio Machado, advogado de Dantas, diz que a acusação é completamente infundada;

2) As empresas financeiras e não financeiras de Dantas trocavam recursos entre si, o que é vetado pelo Banco Central. O BC proíbe bancos de emprestarem para empresas do mesmo grupo porque a operação pode acobertar desvios de recursos. O banqueiro só finge que está emprestando; no fundo, ele tira recursos do banco com esses empréstimos;

3) O fundo Opportunity, nas Ilhas Cayman, recebia recursos de residentes no Brasil, o que é vetado por normas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Perícia feita pela PF aponta que a entrada de brasileiros residentes no Brasil no fundo internacional era tão descarada que o Opportunity os identificava por meio de CPF ou CNPJ, dois documentos tipicamente brasileiros.

4) O Opportunity remeteu, sem registro no Banco Central, recursos de empresas controladas por Dantas, ainda de acordo com perícia da PF. Segundo dados armazenados em disco rígido apreendido pela PF na Operação Chacal, em outubro de 2004, a Brasil Telecom teria no fundo US$ 61 milhões. O Bahia Futebol Clube, que já foi de Dantas, aparece com US$ 32 milhões, e o iG, portal de internet da Brasil Telecom, com mais US$ 8 milhões.

Querem acabar com a ABIN e amordaçar a PF

O medo maior dos parlamentares ligados a Dantas são as gravações de conversas telefônicas que embasaram os pedidos de prisão da Operação Satiagraha

Graças a intensa pressão da "bancada DD", o primeiro relatório conclusivo da CPI dos Correios não pedia o indiciamento do banqueiro.

Veteranos da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara afirmam que Daniel Dantas montou , uma bancada para defender seus interesses na comissão.Daniel Dantas era protegido por nomes como Jorge Bornhausen(DEM) (quando senador), Antônio Carlos Magalhães(DEM) (quando vivo) e Heráclito Fortes(DEM)hoje representado por, Demóstenes Torres (DEM-GO)

investigações feitas pela PF, apontam que 18 senadores e 70 deputados integram a bancada de Daniel.No meio dessa relação perniciosa, entre políticos e interesses privados, o senador usufruiria das comodidades de ser amigo de Dantas. Como? Jatinhos. “A proximidade de Dantas e seus auxiliares com os parlamentares incluía caronas nos jatinhos que o empresário tinha sob seu controle”.

"Agora eu sou da bancada do Daniel Dantas. Pelo menos, sou da bancada de um bandido que produz, que gera emprego", disse o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), referindo-se à informação de que é conhecido defensor do banqueiro e do Opportunity, no Congresso

Outra ligação de Heráclito com o grupo enrolado do Opportunity é o abrigo que o senador Heráclito Fortes dá à irmã do executivo Carlos Rodenburg, em seu gabinete, onde ela era lotada, sob o pretexto de qualificação profissional. Rodenburg foi preso na Operação da PF. Segundo o senador piauiense, o também ex-cunhado de DD teria sido contra à contratação, mas pesou a “qualificação profissional”.

O senador Heráclito Fortes foi citado em pelo menos cinco situações diferentes no inquérito da Operação Satiagraha e apresentado como integrante da rede de influência do Opportunity no poder ...Tá fácil saber quem está perseguindo o Presidente Lula.

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