A ABIN não tem natureza política com era o SNI. É um órgão de Estado, que visa proteger o Estado de ataques contra a ordem institucional.
Tem também um pouco da função daquilo que Chico Buarque sugeriu criar um dia: o ministério do "vai dar M...", ou seja, é o órgão que avisa o presidente, prevenindo-o de coisas erradas que estejam a caminho ou tenham a possibilidade de acontecer.
Diferente da Polícia Federal, a ABIN tem servidores, contabilidade e mais informações sigilosas do que a PF, para uso interno. Por isso é alvo mais fácil de ilações.
Todo 171 envolvido nos meios políticos de Brasília, que é flagrado em gravações cometendo delitos usa a ABIN um "bode expiatório".
O objetivo é fazer com que investigações criminosas sobre políticos e poderosos sejam tratadas como "perseguição política", levando ao engavetamento dos inquéritos, sob pena do governo ser acusado de "estado policialesco".
Roberto Jefferson quando denunciou o mensalão, imediatamente jogou na conta da ABIN aquela gravação do funcionário dos correios recebendo propina em nome dele. Usou a surrada tese da "perseguição política".
Depois comprovou-se que não era a ABIN coisa nenhuma. Eram lobistas querendo derrubar fornecedor concorrente, usando ex-agentes do antigo SNI ou da ABIN.
Naquela época, os pares de Roberto Jefferson no Congresso (maioria oposicionista), rifaram a tese de "perseguição política", porque viram no episódio oportunidade para derrubar o governo Lula, e resolveram fazer uma investigação politicamente controlada pela oposição em CPI.
Daniel Dantas há muito tempo recorre à tese de "perseguição política" em suas defesas nos tribunais. Agora aparecem nomes de Senadores e Deputados da bancada de Dantas na investigação, com evidências mais robustas, além do nome de "jornalistas".
Junte-se a isso, Servidores do Senado que são flagrados pela operação mão-de-obra, a partir de escutas telefônicas legais, envolvendo o gabinete de Efraim Morais (DEMos).
É óbvio que quem deseja impunidade no Congresso (e o STF é o foro privilegiado dos Congressistas), dirige seu desespero contra o bode expiatório chamado ABIN, com a surrada tese de "perseguição política" e do "estado policialesco".
A melhor forma de desmontar esta tese de uma vez por todas, realmente é fazer uma investigação profunda que tire a ABIN da condição de álibi para corruptos.
O Brasil é um país que ganha importância e liderança no cenário mundial e não pode prescindir de um serviço de inteligência à altura.
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