O Brasil convocou ontem o embaixador da Espanha no país, Ricardo Peidro, para expressar a "inconformidade" do governo com proibição da entrada de brasileiros em território espanhol e anunciou que pode adotar medidas similares para os espanhóis que pretendem vir ao Brasil. "O secretário-geral das Relações Exteriores afirmou ao embaixador espanhol que as medidas recentemente adotadas pelas autoridades imigratórias da Espanha são incompatíveis com o bom nível do relacionamento entre os dois países", afirmou o Itamaraty em nota. Segundo a nota, o Ministério das Relações Exteriores está examinando a adoção de medidas em resposta ao ocorrido, "tendo em conta, inclusive, o princípio da reciprocidade".Clique para votar no nosso blog .Em resposta à retenção de mais dois estudantes brasileiros que tentavam entrar em Madri, para fazer conexão e participar de conferências acadêmicas em Lisboa, o Itamaraty estuda medidas de retaliação a cidadãos espanhóis que procurem entrar no Brasil. O novo episódio irritou a diplomacia brasileira e levou o secretário-geral das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, a convocar o embaixador da Espanha em Brasília, Ricardo Peidró, para uma reunião de emergência. Guimarães passou um recado, em tom duro, segundo fontes do Itamaraty, de que o Brasil adotará o "princípio de reciprocidade" caso os vetos à entrada de cidadãos brasileiros continuem na intensidade atual.
Para o governo, as autoridades espanholas têm agido com pouco discernimento e exagerado na represália a brasileiros. O Itamaraty relata que o número de retenções têm crescido e chegou a três mil pessoas impedidas de entrar na Espanha, no ano passado. A diplomacia reconhece que muitos brasileiros alegam passeios a turismo ou outras atividades para driblar a imigração e viver ilegalmente na Europa, mas considera que os espanhóis exageraram na dose e não têm sido criteriosos. Por isso, o recado dado ao embaixador Peidró foi de que "paciência tem limite". Pior que a retenção, avaliou o governo, tem sido o tratamento "indigno" aos barrados.
No dia 7 de fevereiro, em escala para uma viagem ao Oriente Médio, o chanceler Celso Amorim conversou pessoalmente sobre o assunto com o ministro de Negócios Estrangeiros da Espanha, Miguel Ángel Moratinos. Logo em seguida, porém, a física Patrícia Guimarães passou três dias em uma sala no aeroporto de Madri e foi deportada para o Brasil. Ela também tinha Lisboa como destino para uma conferência acadêmica e fazia uma conexão pela Iberia. O problema voltou a ocorrer, quarta-feira, com dois estudantes de pós-graduação do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio (Iuperj).
Diplomatas brasileiros do consulado-geral em Madri não conseguiram liberar os dois estudantes, que argumentavam ter passagem de volta, reserva em hotel e dinheiro para a estadia. O mal-estar levou o embaixador do Brasil na Espanha, José Viegas, a protestar novamente a Moratinos. O Itamaraty se diz ciente de que os espanhóis que chegam ao Brasil não têm a intenção de viver ilegalmente no país, mas sublinha que até a década de 70 a tradição brasileira era de receber imigrantes da Espanha - o que só reforça a inadmissibilidade da situação. Por isso, não descarta barrar a entrada pontual de espanhóis nos aeroportos brasileiros.
Em 2004, o Brasil adotou o princípio de reciprocidade com os Estados Unidos, por decisão judicial, mas com consentimento tácito do Itamaraty. Na época, os americanos começaram a tirar fotos e impressões digitais dos brasileiros (e dezenas de outras nacionalidades) que entravam nos EUA. Clique e vote
Para o governo, as autoridades espanholas têm agido com pouco discernimento e exagerado na represália a brasileiros. O Itamaraty relata que o número de retenções têm crescido e chegou a três mil pessoas impedidas de entrar na Espanha, no ano passado. A diplomacia reconhece que muitos brasileiros alegam passeios a turismo ou outras atividades para driblar a imigração e viver ilegalmente na Europa, mas considera que os espanhóis exageraram na dose e não têm sido criteriosos. Por isso, o recado dado ao embaixador Peidró foi de que "paciência tem limite". Pior que a retenção, avaliou o governo, tem sido o tratamento "indigno" aos barrados.
No dia 7 de fevereiro, em escala para uma viagem ao Oriente Médio, o chanceler Celso Amorim conversou pessoalmente sobre o assunto com o ministro de Negócios Estrangeiros da Espanha, Miguel Ángel Moratinos. Logo em seguida, porém, a física Patrícia Guimarães passou três dias em uma sala no aeroporto de Madri e foi deportada para o Brasil. Ela também tinha Lisboa como destino para uma conferência acadêmica e fazia uma conexão pela Iberia. O problema voltou a ocorrer, quarta-feira, com dois estudantes de pós-graduação do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio (Iuperj).
Diplomatas brasileiros do consulado-geral em Madri não conseguiram liberar os dois estudantes, que argumentavam ter passagem de volta, reserva em hotel e dinheiro para a estadia. O mal-estar levou o embaixador do Brasil na Espanha, José Viegas, a protestar novamente a Moratinos. O Itamaraty se diz ciente de que os espanhóis que chegam ao Brasil não têm a intenção de viver ilegalmente no país, mas sublinha que até a década de 70 a tradição brasileira era de receber imigrantes da Espanha - o que só reforça a inadmissibilidade da situação. Por isso, não descarta barrar a entrada pontual de espanhóis nos aeroportos brasileiros.
Em 2004, o Brasil adotou o princípio de reciprocidade com os Estados Unidos, por decisão judicial, mas com consentimento tácito do Itamaraty. Na época, os americanos começaram a tirar fotos e impressões digitais dos brasileiros (e dezenas de outras nacionalidades) que entravam nos EUA. Clique e vote
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