Site do TSE registra pagamento de R$ 251 mil à Gold Stone Publicidade, na eleição presidencial de 2002.
A prestação de contas do Comitê Financeiro Nacional para Presidente do PSDB, em 2002, registrada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostra o pagamento de R$ 251 mil à empresa Gold Stone Publicidade e Propaganda. A Gold Stone é apontada pela Receita Federal como uma das empresas com problemas nas notas fiscais utilizadas pelo comitê do PSDB na campanha de 2002, cujo candidato à Presidência era o atual governador de São Paulo, José Serra.
Segundo a Receita Federal, as notas emitidas seriam “inidôneas”. A Gold Stone, criada em 1996, nunca teria recolhido impostos aos cofres da União . A direção tucana diz que o Fisco investigou o partido, e não as contas do candidato, e argumenta que a existência de sonegação ou não de impostos é assunto para ser tratado entre a empresa e a Receita, e não com o PSDB. A despesa registrada no site do Tribunal Superior Eleitoral mostra, porém, que a Gold Stone prestou serviços também para o comitê de campanha do candidato tucano à Presidência, e não apenas para o partido.
“Na campanha, é verdade que essa empresa prestou serviços, mas nem a Receita nem o TSE levantaram qualquer objeção ao trabalho e às contas. Os pagamentos foram feitos em depósitos na conta da empresa, que tem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica)”, disse ao Estado o secretário-geral do PSDB, Eduardo Jorge, para quem a Gold Stone não pode ser tratada como empresa fantasma, pois, entre outros, prestou serviços a grandes bancos.
“A Receita contesta a idoneidade das notas da Gold Stone, no sentido de que ela não poderia usar as faturas para se beneficiar na apuração de lucro real e outros cálculos de imposto. Mas isso não diz respeito nem ao PSDB nem ao candidato presidencial do partido”, ressaltou Eduardo Jorge.
No site do TSE, as despesas do Comitê Financeiro Nacional para Presidente do PSDB mostram claramente a Gold Stone como uma das fornecedoras da campanha de 2002. No detalhamento desses gastos, a justificativa para o pagamento feito aparece como “honorários profissionais”.
De acordo com os dados registrados no site do tribunal, foram quatro notas apresentadas pela empresa ao comitê da campanha presidencial de Serra. Um desses serviços como fornecedor foi feito no dia 1º de setembro de 2002, no valor de R$ 151 mil.
Marka
A Marka estava desativada desde 1996, mas emitiu notas por serviços prestados ao PSDB em 2001 e 2003 - ela pertencia, à época, ao ex-secretário do PSDB Márcio Fortes, então deputado federal pelo Rio de Janeiro.
Por causa desses problemas, a Receita Federal decidiu multar o PSDB em R$ 7 milhões e também suspender sua imunidade tributária. O valor total das notas fiscais do PSDB alcança o total de R$ 476 mil. --Um milagre! A notícia está no estadão.Mas não tem uma única linha na folha
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