Pages

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Jeito Cesar Maia de governar

Cinco mil comprimidos para hipertensão, tuberculose, insuficiência cardíaca e usados em terapia intensiva estão estocados sem validade em um depósito da Coordenadoria de Apoio Logístico (SIN/CAL), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no Rocha Rio de Janeiro. Além desses, 50 mil caixas de propanolol - medicamento para hipertensão - que poderiam tratar até 9 mil pacientes durante seis meses correm o risco de perderem a validade antes de chegar aos doentes.

Deixar medicamentos estragando é promover um genocídio. Para um médico, que luta diariamente para realizar os tratamentos, saber que comprimidos estragam é mais uma frustração - diz Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos (SinMed).Vamos entrar com uma representação no Ministério Público (MP) estadual e pedir que Vigilância Sanitária vá ao local. Os remédios estão armazenados sem refrigeração, em um galpão com fungos nas paredes.

Durante a inspeção, um tomógrafo - aparelho que custa R$ 1 milhão - foi encontrado embalado. Está no depósito desde 2005.O município tem um tomógrafo no Hospital Jesus, dedicado às crianças, que funciona precariamente. Outro está instalado no Salgado Filho, no Méier, tem tecnologia antiga e costuma falhar - conta Darze. - O desejo do sindicato é que o MP determine imediatamente a instalação desse tomógrafo.

No Souza Aguiar, maior emergência da América latina, está instalado outro aparelho.Além de entrar em pane regularmente, os exames não podem ser impressos. Esse tomógrafo sem uso é moderno, está desde 2005 lacrado e já deve ter perdido a validade - lembra Carlos Eduardo.

Segundo prefeito Cesar Maia,(Dem) o tomógrafo será instalado no Hospital de Acari, mas o hospital está desativado."O prefeito esquece que o hospital está desativado e que poderia atender até mil pacientes por dia" - diz Darze. Além dos medicamentos e do tomógrafo embalado, Darze encontrou 70 carros, entre ambulâncias, veículos de combate à dengue e caminhões sem manutenção."Os veículos estão apodrecendo e as pessoas padecem" - diz Darze.Ao todo, de janeiro a junho, foram notificados 13.731 casos de dengue no Estado. Em 2006, foram pouco mais de 14 mil.

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração