Do Terra Magazine -
Até o final de Outubro deve ser feita a primeira concorrência para governo federal adquirir o primeiro lote de 150 mil laptops para distribuir a alunos e professores de 300 escolas públicas.
É só o primeiro passo de um projeto que deve crescer e que tem um objetivo nada modesto de atingir todas as escolas e acabar com a exclusão digital.
Trata-se do programa "Um Computador por Aluno", coordenado por assessores diretos do presidente Lula e inspirado na organização "One Laptop Per Child" (OLPC), entidade que promove o uso de computadores portáteis como ferramenta para revolucionar a educação em países pobres. A OLPC está por trás do chamado "laptop de 100 dólares", aparelho de baixo custo idealizado nas pranchetas de cientistas do MIT (Massachussets Institute of Technology) e que está prestes a entrar em produção, com uma série de inovações tecnológicas. Seu custo, porém, foi recalculado para algo próximo de US$ 180.
A entidade foi criada por Nicholas Negroponte, uma das estrelas do MIT, em 2005. Em poucos meses, o projeto de um laptop barato, resistente e inovador havia sido abraçada por empresas de tecnologia como AMD, Google e Red Hat.
Desafiando os céticos, os designers e engenheiros da OLPC não só viabilizaram o barateamento radical dos laptops como ainda introduziram características exclusivas, como telas que podem ser lidas ao sol, uma nova interface gráfica e a chamada rede "mesh". Numa rede mesh, cada laptop funciona ao mesmo tempo como receptor e emissor de sinais sem fio, barateando a infra-estrutura necessária de provedores.
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Impressões sobre uma escola pública de São Paulo que já utiliza os laptops em caráter experimental:
Do Blog da Renata Cafardo:
"Nesta semana conheci as primeiras crianças de São Paulo que utilizam os laptops feitos pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Idealizadas pelos pesquisadores do MIT como uma ferramenta de educação, foram apresentadas ao governo federal, que estuda a implementação em todas as escolas do País.
Entre os depoimentos dos alunos, todos entre 11 e 12 anos, o mais interessante foi notar a maneira como eles percebem a escola, depois da chegada dos computadores. Eles estudam numa escola municipal, em Parada de Taipas, e dizem que "ninguém mais falta às aulas", "faz bagunça" ou deixa de prestar atenção ao professor. "A escola ficou muito mais legal", disse Tainara Lacerda, de 11 anos.
Os coordenadores do projeto ainda avaliam se os alunos poderão levar os laptops para casa - o que é essencial, segundo pesquisadores do MIT, para promover a inclusão digital também das famílias. Aqui no Brasil, no entanto, há o medo de roubos, perdas ou danos aos computadores. Em uma das reuniões com pais e responsáveis pelos alunos, uma avó disse que preferia que o laptop não fosse com o neto para a casa. Isso porque o menino passou a acordar sozinho, sem reclamações, para ir a escola, depois que os laptops chegaram."
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