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segunda-feira, 21 de maio de 2007

Investigação pode causar estrago na política

Depoimentos e avaliações mais minuciosas dos documentos em poder da Polícia Federal darão, a partir de hoje, a dimensão do estrago que a Operação Navalha poderá provocar, em particular, no meio político. Os desdobramentos da operação, deflagrada na quinta-feira pela PF, que prendeu suspeitos de fazer parte de um esquema de desvio de recursos de obras públicas, em nove estados e no Distrito Federal, são aguardados hoje com apreensão no Congresso Nacional. Mais uma vez, no epicentro dos escândalos, as emendas parlamentares ao Orçamento Geral da União.

Os depoimentos de Zuleido Veras e de sua braço-direito, a diretora comercial da Gautama, Maria de Fátima Palmeira, que podem ser colhidos até o fim da semana, assim como análise de todo o círculo de amizades do empreiteiro, prometem tirar o sono de deputados e senadores. Veras é dono da Construtora Gautama Ltda - o principal elo de um esquema de corrupção envolvendo autoridades federais, governadores, deputados e prefeitos.

Ministério da Justiça trabalha com possibilidade de nova rodada de prisões

A expectativa do Ministério da Justiça é de que uma nova rodada de prisões da Operação Navalha aconteça hoje. Novos nomes podem surgir e aumentar ainda a tensão no Congresso com a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última quinta, que levou à prisão 46 pessoas, entre parlamentares, prefeitos, ex-governadores e empresários. O ministro evitou analisar politicamente a operação, "até mesmo porque ela envolve diversos partidos, PT, PMDB, PSDB e DEM". Segundo ele, estender às legendas a responsabilidade por ações de indivíduos é uma tática "fascista", condenada por ele . "A depuração ética posterior é um debate que cabe aos partidos, não ao ministro da Justiça".disse Tarso

Avaliação da polícia

Na avaliação da polícia, os indícios mais fortes encontrados até agora são suficientes para amparar uma denúncia contra o governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), dois funcionários graduados do Ministério das Minas e Energia, o chefe de gabinete e homem de confiança do ministro Silas Roudeau, Ivo Almeida Costa e um dos responsáveis pelo Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso de Energia Elétrica (Luz Para Todos), Sérgio Luis Pompeu Sá. Lagos, segundo as gravações, teria recebido, através de dois sobrinhos, também presos, R$ 240 mil de propina por favorecer a Gautama na concorrência para implantação e pavimentação da BR 402, no Maranhão.

Delcídio Amaral na lista e a imprensa comemora.

Um dos nomes que surgiram no fim de semana foi o do senador Delcídio Amaral (PT-MS), que aparece na lista, ao lado de uma cifra de R$ 24 mil referente ao aluguel de um jatinho. Segundo ele, o dinheiro refere-se a um empréstimo que seria tomado de Zuleido por um amigo em comum, o engenheiro e empresário Luiz Gonzaga Salomão, para alugar o avião bimotor que levaria o senador ao enterro do sogro, em Barretos, em 4 de abril deste ano. Hoje, o senador promete colocar uma pá de cal no assunto em pronunciamento no plenário do Senado.

Congresso começa semana avaliando os estragos da Operação Navalha

Ontem, o escândalo ganhou mais peso ao ser divulgada, pela Agência Globo, e o Fántastico da Globo. Informação de que relatório da PF acusa o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, afilhado político do senador José Sarney (PMDB-MA), de ter se beneficiado do esquema. Teria incorrido em crime de corrupção passiva.

Governador de Alagoas Teotônio Vilela (PSDB) é citado em inquérito da Polícia Federal

Teotônio Vilela (PSDB) autorizou obra para empresa após encontro com Zuleido. Apuração também aponta para o ex-governador João Alves Filho (DEM-SE); O inquérito criminal da Operação Navalha da Polícia Federal cita o envolvimento do governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), no esquema de fraude a licitações e obras públicas.Também aparece nas investigações o nome do ex-governador de Sergipe João Alves Filho (DEM), cujo filho, João Alves Neto, está preso. O procurador-geral da República, Antonio Fernando diz: "Existem indícios da participação do governador de Sergipe, João Alves Filho, através do filho, João Alves Neto".

Só uma pergunta aos nobres leitores deste blog: Por quê a oposição não pede a CPI da Gautama?

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