Sentença do juiz Sergio Moro foi revelada nesta quarta-feira
Luiz Carlos Barreto, produtor de cinema: "No dia seguinte em que se aprova a reforma trabalhista, que fez o Brasil regressar à era pré-Revolução Industrial da Inglaterra, condenar sem provas o maior líder popular do país é um complô de agitação para jogar o Brasil numa convulsão social. Voltamos à escravatura. Considero o Moro um terrorista."
Beth Carvalho, cantora: "Um absurdo que isso aconteça nesse mesmo momento em que perdemos as conquistas de Getúlio Vargas para os trabalhadores. Lula foi condenado sem provas, não querem que ele seja candidato a presidente, sabem que ele vai ganhar a eleição. O processo foi todo conduzido de forma falsa, todo baseado em mentiras. Tenho certeza de que grande parte do povo está revoltada com isso."
Barrão, artista plástico: "Acho mais surpreendente que a condenação do Lula a situação do Aécio Neves, ver certos comportamentos do Ministro Gilmar Mendes, a relação entre Temer e Joesley, fatos com tantas ou mais evidências, até mala de dinheiro circulando, que não dão em nada. O país vive um momento complicado desde o golpe, quando o governo Dilma foi interrompido. Essa incerteza vai seguir até 2018. É preocupante pensar numa reforma política num quadro desses, o que se vê é a tentativa desesperada de uma classe que está em ruínas de se salvar".
Kleber Mendonça Filho, cineasta: "Sem provas, uma vergonha, mais uma num país que desrespeita cada vez mais a cidadania."
Silvia Buarque, atriz: "Estou estarrecida. É uma condenação política. São provas frágeis. Mas é uma condenação que já estava prevista por conta do golpe que afastou Dilma Rousseff da presidência."
Aderbal Freire-Filho, diretor teatral: "É difícil falar de tanto desatino com poucas palavras. Essa é uma sentença mais contra o Brasil, o verdadeiro, o país de que nos orgulhamos. É infame que esse juiz cuja parcialidade vem de longe seja considerado um herói por cumprir seu papel coadjuvante e nojento numa grande conspiração para destruir um líder político admirado no mundo (Brics, G-20 são exemplos) por ter feito o Brasil crescer sem penalizar seu povo. Já ouço vozes de jornalistas desinformados, que não sabiam quem era o Aécio, quem era Temer e muito mais, dizendo que agora Lula será "vitimizado". Deus do céu! Nós brasileiros só temos uma opção: lutar e lutar contra esses podres poderes que podem tudo para criar essa república de bananas. Nela é normal trocar os juízes que vão julgar a denúncia de um crime gravado e filmado. É normal devolver o mandato de um senador cujo crime foi gravado e filmado. É normal que o mesmo juiz que agora condena Lula sem provas absolva a cúmplice de um deputado preso, com todas as provas."
Condenação de Lula acirra clima de guerra na política
“É uma condenação anunciada”, disse o cientista político Geraldo Tadeu, da IUPERJ, sobre a condenação a 9 anos e seis meses de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo juiz federal Sérgio Moro. “É a condenação do maior líder da legenda. Isso acaba, de certa forma, repercutindo e caindo de forma negativa sobre o partido. Mas é preciso aguardar, porque o Lula irá recorrer em liberdade, e ele pode partir ainda mais para o confronto”, acrescentou o cientista político Cristiano Noronha. A sentença, divulgada nesta quarta-feira (11), prevê recurso no TRF. Até julgamento em segunda instância, Lula ficará em liberdade.
Ricardo de Oliveira, cientista político da UFPR, também acredita no acirramento do confronto, e critica Moro, afirmando que a condenação pelo juiz revela a “instrumentação politiqueira da Lava Jato”: “Só vai acirrar ainda mais os ânimos e desacreditar ainda mais as instituições. Eles estão passando a mensagem de que não há mais democracia no Brasil, e isso só piora a crise que o sistema já vive, com as denúncias contra o [presidente Michel] Temer, a liberação do Aécio [Neves] e do [Rodrigo] Rocha Loures, mostrando que ainda existe uma casta privilegiada no país, que usa as instituições de maneira aparelhada”, completou.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) retornou às atividades do Senado no início do mês, após a decisão monocrática do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender a ação que havia afastado o tucano do cargo, denunciado pelos crimes de corrupção e obstrução de justiça, no âmbito das delações de executivos da JBS e que envolvem também o presidente Michel Temer.
No caso de Loures, o ministro do STF, Luiz Edson Fachin, mandou soltar o ex-deputado e ex-assessor do presidente, que havia sido preso no começo de junho, após ser flagrado em filmagem da Polícia Federal recebendo de um executivo da JBS uma mala com R$ 500 mil que, segundo os investigadores da Lava Jato, era dinheiro de propina.- Leia ainda: Delatados, Partidos mudam de nome, excluem o 'P' e querem ser chamados de movimento
Ricardo de Oliveira, cientista político da UFPR, também acredita no acirramento do confronto, e critica Moro, afirmando que a condenação pelo juiz revela a “instrumentação politiqueira da Lava Jato”: “Só vai acirrar ainda mais os ânimos e desacreditar ainda mais as instituições. Eles estão passando a mensagem de que não há mais democracia no Brasil, e isso só piora a crise que o sistema já vive, com as denúncias contra o [presidente Michel] Temer, a liberação do Aécio [Neves] e do [Rodrigo] Rocha Loures, mostrando que ainda existe uma casta privilegiada no país, que usa as instituições de maneira aparelhada”, completou.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) retornou às atividades do Senado no início do mês, após a decisão monocrática do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender a ação que havia afastado o tucano do cargo, denunciado pelos crimes de corrupção e obstrução de justiça, no âmbito das delações de executivos da JBS e que envolvem também o presidente Michel Temer.
No caso de Loures, o ministro do STF, Luiz Edson Fachin, mandou soltar o ex-deputado e ex-assessor do presidente, que havia sido preso no começo de junho, após ser flagrado em filmagem da Polícia Federal recebendo de um executivo da JBS uma mala com R$ 500 mil que, segundo os investigadores da Lava Jato, era dinheiro de propina.- Leia ainda: Delatados, Partidos mudam de nome, excluem o 'P' e querem ser chamados de movimento
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