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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Cerveró aponta propinas de mais de meio bilhão de reais; o maior valor aconteceu no governo FHC


A delação premiada do ex-diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, traz detalhes sobre esquemas de corrupção efetuados desde 2002, último ano do governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. O valor mais alto em propinas é referente à aquisição da argentina Pérez Companc pela Petrobras em 2002, um negócio que rendeu US$ 100 milhões (R$ 354 milhões) em propina para integrantes do governo FHC.

No total, Cerveró apontou o pagamento de pelo menos R$ 564,1 milhões em propinas, envolvendo negócios da estatal e da subsidiária BR Distribuidora, e apontou o nome de onze políticos como beneficiários dos desvios, de acordo com informações obtidas pelo jornal O Globo.

O negócio efetuado no governo FHC ajudou a render frutos anos depois, em 2007, ao lobista Fernando Antônio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, e a Cerveró. O ex-diretor disse que o presidente Nestor Kirchner teria pressionado para a Petrobras vender a Transener, que era da Pérez Companc, em um negócio que resultou pelo menos US$ 300 mil a Cerveró, US$ 300 mil a Fernando Baiano, e uma parte maior para a Argentina.

A compra da refinaria de Pasadena também foi apontada. De acordo com Cerveró, o negócio teria favorecido o ex-senador Delcídio Amaral, Fernando Baiano e o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, entre outros nomes que o jornal carioca não quis apontar, em um valor de US$ 15 milhões.

A aquisição de sondas, por sua vez, segundo o jornal, teria possibilitado pelo menos US$ 24 milhões em propina para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), o senador Jader Barbalho (PMDB) e Delcídio, entre outros.




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