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sexta-feira, 27 de maio de 2016

Áudios mostram que partidos financiaram movimentos em atos pró-impeachment


Entenda o motivo pelo qual as panelas ficam mudas quando se trata de Aécio Neves  na Lista de Furnas, na Lava Jato e tantas outras denuncias

Veja por que as panelas estão em silencio diante da corrupção e do  golpe..E por que não batem panelas pedindo Cunha na cadeia. E o mais incrível: O partido do vice presidente financiou grupos para derrubar Dilma, mas juram que não é golpe

Integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre) em protesto de maio de 2015 na Esplanada dos Ministérios, em Brasília

O MBL (Movimento Brasil Livre), entidade civil criada em 2014 para combater a corrupção e lutar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), recebeu apoio financeiro, como impressão de panfletos e uso de carros de som, de partidos políticos como o PMDB e o Solidariedade.

O movimento negociou também com a Juventude do PSDB ajuda financeira a suas caravanas, como pagamento de lanches e aluguel de ônibus, e teria tido apoio da "máquina partidária" do DEM.
 Quando fundado, o movimento se definia como apartidário e sem ligações financeiras com siglas políticas. Em suas páginas em redes sociais, fazia campanhas permanentes para receber ajuda financeira das pessoas, sem ligação com partidos.

Os coordenadores do movimento, porém, negociaram e pediram ajuda a partidos pelo menos a partir deste ano. Atualmente, o MBL continua com as campanhas de arrecadação nos seus canais de comunicação, mas se define como "suprapartidário". Aliás, a contribuição financeira concedida é vinculada ao grau de participação do doador com o movimento. A partir de R$ 30, o novo integrante pode ter direito a votos.

Já os partidos políticos que teriam contribuído com o MBL têm versões distintas para explicar o caráter e a forma desses apoios, chegando em alguns casos a negá-los. Conheça cada caso.

PMDB e os panfletos

O PMDB teria custeado a impressão de panfletos para o MBL divulgar as manifestações pró-impeachment ocorridas pelo país no último dia 13 de março. O presidente da Juventude do PMDB, Bruno Júlio, informou ao UOL que solicitou ao presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco, que custeasse 20 mil panfletos de divulgação dos atos, com a inscrição "Esse impeachment é meu".

O dirigente da JPMDB afirma que o material foi pago pelo partido e entregue ao MBL, que distribuiu para suas sedes regionais e espalhou por todo o país. "O MBL auxiliou na logística, distribuindo os panfletos e colando cartazes, mas a Fundação Ulysses Guimarães pagou porque se tratava de uma campanha nossa, da Juventude do PMDB, que nós encampamos", explica.

O lema "Esse impeachment é meu", no entanto, pertence ao MBL, que estampou a frase em camisetas, faixas e cartazes, além de tê-lo utilizado em discursos e vídeos gravados por suas lideranças.

Procurada, a assessoria do atual secretário-executivo do PPI (Programa de Parcerias e Investimentos) do governo interino, Moreira Franco, disse, no primeiro momento, que o ex-ministro da Aviação Civil do governo Dilma não se recordava se teria pago ou não pela impressão.

Questionado sobre o apoio, o MBL não confirmou o custeio dos panfletos, disse apenas que o PMDB fazia parte da comissão pró-impeachment.

Solidariedade e DEM

Em uma gravação de fevereiro de 2016 a que o UOL teve acesso, Renan Antônio Ferreira dos Santos,  um dos três coordenadores nacionais do MBL, diz em mensagem a um colega do MBL que tinha fechado com partidos políticos para divulgar os protestos do dia 13 de março usando as "máquinas deles também".

Renan diz ainda que o MBL seria o único grupo que realmente estava "fazendo a diferença" na luta em favor do impeachment de Dilma Rousseff.


Em nota enviada ao UOL, Renan Santos confirmou a autenticidade do áudio e informou que o comitê do impeachment contava com lideranças de vários partidos, entre eles, DEM, PSDB,  SD e PMDB.

A assessoria de imprensa do Solidariedade confirmou a parceria em nota ao UOL

Já o DEM informou que atuou em conjunto com o MBL

PSDB

Em gravação feita no dia 5 deste mês a que o UOL teve acesso, o secretário de Mobilização da Juventude do PSDB do Rio de Janeiro, Ygor Oliveira, dá detalhes a seus colegas de partido sobre uma "parceria com o MBL" para financiar uma manifestação que veio a ocorrer no dia 11 de maio, em Brasília, durante a votação no Senado que resultou no afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República.


YGOR OLIVEIRA, DA JUVENTUDE DO PSDB-RJ, FALA DE PARCERIA COM MBL

Em nota, Renan Santos, coordenador nacional do movimento e filiado ao PSDB entre os anos 2010 e 2015, afirmou que "o MBL não criminaliza a política nem os políticos. A aproximação com as lideranças (políticas) foi fundamental para pavimentar o caminho do impeachment." A reportagem é da Uol

E leia também: 'Líder do MBL responde a mais de 60 processos e sofre cobrança de R$ 4,9 mi'

1 Comentários:

OLHO VIVO disse...

MBL=Mó Bundão Ludibriado; ou Movimento Bolso Lucrativo; Agora levanta o tapete do "Revoltados on Line" e do "Vem prá Rua". Ah, a diferença entre MST, UNE, MTST, etc, é que os movimentos DIREITISTAS se diziam APARTIDÁRIOS e contra a CORRUPÇÃO. E se agarraram a partidos GOLPEARAM a presidenta para ABAFAR A LAVA-JATO e continuar ROUBANDO. CÍNICOS, CÍNICOS, CÍNICOS...

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