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segunda-feira, 25 de abril de 2016

Lula nas ruas com movimentos sociais



Movimentos sociais preparam  para os próximos dias, mobilizações e paralisações em todo o país. Nesta semana, o MTST bloqueará entre 30 e 40 rodovias e avenidas em 10 Estados, contra o golpe de  Temer. 

No domingo, as entidades populares se reunirão para fazer do 1º de Maio um dia de luta contra o golpe. Os movimentos sociais vão mostrar que  Temer não terá legitimidade nem respaldo popular para aprovar as principais medidas de sua gestão, ainda que faça acenos como o aumento do valor do Bolsa Família. Os grupos planejam também uma greve geral, ainda sem data definida.

O MTST afirmou que a jornada de lutas nesta semana é parte da resistência ao golpe em curso no país e pela defesa dos direitos e programas sociais, ameaçados num eventual governo Temer. O MTST entende que Temer não tem legitimidade para governar o país e será barrado nas ruas

O principal protesto contra o golpe  depois da votação na Câmara será no 1º de maio de São Paulo, no vale do Anhangabaú, das centrais sindicais CUT e CTB com movimentos sociais e o PT. Ainda não está confirmada a presença de Lula.

Segundo o secretário-geral da CUT-SP, João Cayres, a manifestação será para explicar os riscos" do governo Temer especialmente para os trabalhadores de mais baixa renda. A vida vai ser muito dura até 2018, disse, listando pontos do programa econômico já divulgado pelo PMDB, o Ponte para o Futuro. Entre as propostas estão a flexibilização das leis trabalhistas, o fim das vinculações constitucionais do Orçamento, que deve afetar os recursos destinados à saúde e educação, o aumento da idade mínima para a aposentadoria e o fim da indexação do salário dos aposentados ao salário mínimo.

Hoje, a Frente Brasil Popular, que reúne entidades como CUT, UNE e MST, fará um encontro em São Paulo para mobilizar a militância para o 1º de Maio.

Na articulação da estratégia contra Temer, o ex-presidente Lula tem assumido papel de liderança. O petista articulou as ações de resistência na quarta-feira, durante reunião com lideranças das Frentes Brasil Popular e da Povo Sem Medo. Na terça-feira, o líder do MTST, Guilherme Boulos, e o dirigente nacional do MST, João Paulo Rodrigues, participaram de parte do encontro do diretório nacional do PT, para discutir a derrota do governo na Câmara e a reação ao impeachment no Senado.

Ao mesmo tempo em que movimentos sociais planejam grandes atos contra o PMDB, cresce o número de manifestações organizadas nas redes sociais principalmente por jovens sem vínculos com partidos ou entidades.

Na quinta-feira, por exemplo, cerca de 10 mil jovens se reuniram na avenida Paulista para protestar contra o golpe, sem carro de som ou estrutura. 

Ontem, a Paulista foi palco de uma nova manifestação contra o impeachment.

Por volta das 19h os capangas que tomam conta do pato do Skaf tentou agredir os jovens com paus e barra de ferro

Algumas pessoas passavam em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) quando se encontraram com manifestantes que estão acampados no local em protesto a favor do golpe. Pedaços de madeira e pedras foram arremessadas de lado a lado. A Até as 21h não havia informação sobre feridos ou detidos.

A movimentação a favor de Dilma começou por um "piquenique pela democracia", que reuniu famílias enquanto a via estava fechada pela prefeitura, como acontece aos domingos.

Hoje Lula e dirigentes sindicais e do partido discursarão em um seminário em São Paulo com a Aliança Progressista, que reúne representantes de esquerda de partidos e organizações de diversos países. 

Lula fala sobre democracia em seminário internacional da Aliança Progressista

Nesta segunda-feira (25), em São Paulo, Lula participará do seminário  "Democracia e Justiça Social" da Aliança Progressista, uma rede de partidos e organizações de todo o mundo, que fará um encontro no Brasil organizado pelo PT com representantes de dezenas de organizações partidárias da África, Ásia, América Latina, Oceania e Europa, entre elas o PRD do México, o Partido Democrático Italiano e o social democrata (SPD)  alemão.

Participarão do seminário o ex-primeiro-ministro italiano Massimo D’Alema, Presidente da Fundação de Estudos Progressistas Europeus, Monica Xavier, Secretaria-Geral do Partido Socialista do Uruguai, o ex-prefeito da Cidade do México Marcelo Ebrard, e representantes de organizações partidárias, sindicais e de juventude da Argentina, Índia, Romênia, Nepal, Camarões, Suécia, Israel, entre outros países.

Sobre a Aliança Progressista: A Aliança Progressista é uma rede aberta a partidos progressistas, democráticos, social-democratas, socialistas e trabalhistas, assim como redes de partidos. Os partidos progressistas saudam a cooperação com outras forças sociais progressistas, como os sindicatos, fundações, grupos de especialistas, ONGs e iniciativas de nível rural. Para mais informações: http://progressive-alliance.info/en/ ou http://progressive-alliance.info/es/

Local
Seminário "Democracia e Justiça Social" da Aliança Progressista
Local: Hotel Maksoud Plaza, R. São Carlos do Pinhal, 424
Data: 25 de abril, 9:00

 

1 Comentários:

Rita Candeu disse...

eu tenho minhas dúvidas que no caso de Temer assumir teremos eleições para Presidente em 2018 - mas duvido mesmo

em 64 tbm falavam que ia ter e deu no que deu

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